Sofrimento e Bênção
Compilação
Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.—Romanos 8:18[1]
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Alguém me perguntou certa vez se eu não achava Deus injusto por ter permitido que eu tivesse mal de Parkinson e outros problemas de saúde sendo que estava tentando servi-lO fielmente. Eu respondi que não via dessa maneira. O sofrimento faz parte da existência humana, e todos estamos sujeitos a isso. O segredo é a maneira como reagimos a ele, se vamos ficar com raiva e amargurados e nos afastarmos de Deus, ou ficarmos mais próximos dEle com mais confiança e certeza.
Deus pode permitir o sofrimento para aprendermos a responder aos problemas de uma forma bíblica. Diz o versículo que, Jesus “aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu”.[2] Nosso objetivo não deveria ser meramente ter alívio do sofrimento, mas sim aprender a agradar a Deus, sendo receptivos e obedientes a Ele e à Sua Palavra.[3]
Às vezes, Deus nos permite sofrer para aprendermos que a dor faz parte da vida. Em nenhum lugar na Bíblia diz que o cristão não sofrerá adversidades. Paulo salienta em Filipenses 1:29: “Pois a vocês foi dado o privilégio de, não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele.”[4] A adversidade pode ser um dom de Deus. Cristo não evitou a cruz para escapar do sofrimento. Hebreus 12:2 diz que Ele “suportou a cruz, desprezando a vergonha”. Por quê? “Pela alegria que lhe fora proposta.” Ele sabia que a palavra final não era crucificação (sofrimento), mas sim ressurreição (vitória).
Deus pode permitir o sofrimento para o nosso bem. “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.”[5] Devemos aceitar isso pela fé e orar para que o bem maior que Deus propõe a nossa respeito venha como resultado do nosso sofrimento. Somente através da adversidade aprendemos algumas das lições mais profundas da vida. Confie em Deus para que Ele faça a Sua própria vontade e realize o Seu propósito, para que possamos ser mais como Cristo.[6] Não há mérito redentor em nosso sofrimento como houve no de Jesus, mas se formos fieis durante a adversidade, seremos incluídos na “participação em seus sofrimentos”.[7]
Podemos sofrer brevemente, ou durante toda a nossa vida, mas não devemos perder a esperança nem ficarmos amargurados ou em autocomiseração. O resultado final é o que todos esperamos ansiosamente. Estar com o Senhor no céu vai colocar tudo em perspectiva!—Billy Graham[8]
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A maioria dos Salmos brotou de dificuldades. A maioria das Epístolas foi escrita em prisões. A maioria dos maiores pensamentos dos maiores pensadores de todos os tempos teve que passar pelo fogo. Bunyan escreveu o O Peregrino na prisão. Florence Nightingale, entrevada em uma cama, reorganizou os hospitais da Inglaterra. Semiparalisado e sob a constante ameaça da apoplexia, Pasteur foi incansável em seu combate a doenças. Durante a maior parte de sua vida, o historiador americano Francis Parkman sofreu tão intensamente que não conseguia trabalhar por mais de cinco minutos. Sua visão era tão ruim que ele conseguia apenas rabiscar algumas palavras gigantescas em um manuscrito, mas conseguiu escrever vinte magníficos volumes de história. Às vezes, parece que quando Deus está prestes a usar alguém grandemente, ele faz a pessoa passar pelo fogo.—Tim Hansel[9]
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O pastor romeno Richard Wurmbrand passou 14 anos na prisão por pregar o Evangelho. Embora seus captores tenham esmagado quatro de suas vértebras e cortado ou queimado seu corpo em 18 lugares, não conseguiram derrotá-lo. Ele testemunhou: “Sozinho na minha cela, com frio, faminto e em trapos, eu dançava de alegria todas as noites.”
Durante esse tempo ele se voltou para um companheiro de prisão, um homem que ele havia conduzido ao Senhor antes de serem presos, e perguntou: “Você tem algum ressentimento contra mim por eu o conduzir a Cristo?” A resposta dele foi: “Não tenho palavras para expressar minha gratidão por me ter trazido ao maravilhoso Salvador. Eu jamais desejaria que fosse de outra forma.” Estes dois homens exemplificam a alegria sobrenatural que pode ser vivenciada pelos crentes que vivem à beira da morte, como resultado de serem severamente perseguidos.
A salvação, que traz força para o dia de hoje e esperança para o amanhã, dura para sempre. Portanto, não temos que ser derrotados por circunstâncias difíceis. Quando sabemos que estamos salvos, temos a certeza de que Deus está operando em nossas vidas, preparando-nos para as realidades eternas do mundo melhor. Sim, a salvação é a maior bênção da vida.—H.V.L., Our Daily Bread
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O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito.”[10] Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz—e tudo o que Ele permite—também é perfeito. Isto pode não nos parecer possível, mas não temos a mente de Deus. É verdade que não podemos esperar compreender Sua mente perfeitamente, como Ele nos lembra: “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.”[11] Às vezes, a perfeita vontade de Deus inclui tristeza e sofrimento para os Seus filhos. Mas podemos nos regozijar porque Ele nunca nos testa além da nossa capacidade de suportar e sempre provê um escape do peso da tristeza que suportamos temporariamente.[12]
Ninguém sofreu tanto quanto Jesus, “um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento.”[13] Sua vida foi uma sequência de vicissitudes, desde o berço até a cruz. Em Sua infância, Sua vida correu perigo por causa de Herodes, e Seus pais tiveram que levá-lo e fugir para o Egito.[14] Todo Seu ministério foi caracterizado pela tristeza que Ele sentiu pela dureza e incredulidade humana; pela oposição dos líderes religiosos, e até mesmo pela inconstância de Seus próprios discípulos, sem mencionar as tentações de Satanás. Na noite anterior à Sua crucificação, Ele estava “cheio de tristeza até a morte” ao contemplar a ira e justiça vindouras de Deus que recairiam sobre Ele ao morrer por Seu povo. Tão grande era Sua agonia que Seu suor era como grandes gotas de sangue.[15] Claro, a maior tristeza de Sua vida foi quando estava na cruz e Seu Pai escondeu Seu rosto do Filho, fazendo Jesus gritar em agonia: “Por que me abandonaste?”[16] Certamente nenhum de nós passou por um sofrimento que se possa comparar com o do Salvador.
Mas, assim como Jesus retornou para a destra do Pai depois de suportar a dor, nós também podemos ter certeza de que, Deus usará as dificuldades e momentos de tristeza e adversidades para nos tornar mais semelhantes a Cristo.[17] A vida do ser humano na sociedade pecadora jamais será perfeita, mas sabemos que Deus é fiel, e que quando Cristo voltar, a tristeza será substituída pela alegria.[18] Mas, enquanto isso, usamos nossa tristeza para glorificar a Deus[19] e descansar na graça e na paz do Senhor Deus Todo-Poderoso.—De gotquestions.org[20]
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Confiar no grande amor de Jesus por você não só o fará mais feliz, mas será uma força estabilizadora em sua vida. Quando estiver seguro do amor dEle por você e ciente de que Ele Se preocupa pessoalmente com o seu bem-estar e felicidade, esse conhecimento lhe dará paz de espírito e o estabilizará, mesmo quando sofrer ou enfrentar decepções, desgostos, dificuldades ou quaisquer outras adversidades que a vida coloque no seu caminho.—Maria Fontaine
Publicado no Âncora em setembro de 2021.
[1] NVI.
[2] Hebreus 5:8 NVI.
[3] Ver Romanos 12:1–2.
[4] NVI.
[5] Romanos 8:28 NVI.
[6] Ver Romanos 8:29.
[7] Filipenses 3:10.
[8] The Billy Graham Christian Worker's Handbook (Minneapolis: World Wide Publ., 1984), 223–25.
[9] You Gotta Keep Dancin' (David C. Cook, 1985), 87.
[10] Salmo 18:30.
[11] Isaías 55:8–9 NVI.
[12] 1 Coríntios 10:13.
[13] Isaías 53:3 NVI.
[14] Mateus 2:13–14.
[15] Mateus 26:38; Lucas 22:44.
[16] Mateus 27:46 NVI.
[17] Romanos 8:29; Hebreus 12:10.
[18] Isaías 35:10.
[19] 1 Pedro 1:6–7.
[20] https://www.gotquestions.org/Bible-sadness.html.
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