Força do Bem:
Promover* o Seu Trabalho
Peter Amsterdam
Sendo cristãos, a motivação por trás de nossas obras sociais, networking, colaboração, a construção de relacionamentos na comunidade, etc., remete ao nosso propósito fundamental: a missão. A nossa meta é “divulgar as boas novas do amor de Deus, Sua verdade e salvação” e “traduzir o amor de Deus em ação de maneira a influenciar o espírito de alguém com um toque do divino, e ajudar as pessoas a criar um relacionamento pessoal com Jesus.” Ao cerne de tudo está o amor pela humanidade, pelos nossos vizinhos, pelas pessoas que estão próximas ou distantes, que virão a formar um relacionamento com Deus, ou aquelas que desejam crescer espiritualmente. Empenhamo-nos em dividir o amor incondicional de Deus por outros, um amor que “desconhece os limites de raça, credo ou condição social, e é o que nos motiva e leva a ajudar a suprir as necessidades espirituais ou físicas daqueles com quem temos contato.” (Veja Valores Centrais da Família Internacional.)
Embora nossos motivos sejam espirituais e o amor por Deus e a humanidade sejam a essência, eles precisam ser manifestados de maneiras que as pessoas que buscamos alcançar possam compreender e através das quais esses valores sejam fielmente transmitidos. A apresentação de nossas crenças e obras precisa ser atrativa e relevante para que as pessoas se sintam seguras em investir sua confiança e tempo.
A nossa declaração de missão estabelece três objetivos amplos:
- Disseminar a mensagem do amor de Deus pela humanidade
- Oferecer apoio espiritual e emocional para a superação dos desafios da vida moderna
- Melhorar a qualidade de vida dos menos favorecidos, desalojados e desesperançados.
Para que obtenhamos êxito em alcançar cada um dos objetivos acima, teremos de, em muitos casos, customizar nossa apresentação, métodos e mensagem para que sejam relevantes para as pessoas da nossa comunidade e vistos com confiança, credibilidade, como genuínos e dignos de investimento. Se a apresentação da sua obra ou da função que desempenha atender às expectativas das pessoas na comunidade, é mais provável que tomem tempo para conhecê-lo melhor (e em última análise, a sua mensagem) ou que invistam em seu trabalho.
Não se trata de um processo que ocorrerá apenas uma vez. O que hoje é considerado profissional e até avançado, com o tempo, se tornará velho e obsoleto. Por exemplo, um portfólio ou site de apresentação de ponta, com o tempo se tornará antigo.
Percepção
A percepção que as pessoas têm de você, da sua obra, e da organização, entidade legal ou entidade de caridade que você representa provavelmente influenciará sua decisão de se relacionar com você, ou seu interesse em tê-lo como parte de sua rede de contatos e de participar em algum projeto. Se deseja criar uma impressão boa e correta de si mesmo e da sua obra, e assim inspirar confiança e interesse, terá de estar atento a como as pessoas percebem você e seu trabalho, e se o que transmite aos outros representa genuinamente o seu trabalho, crenças e mensagem. E se é assim que as pessoas o vê.
Especialistas em formação de imagem enfatizam que o que vale não é só a sua intenção, mas a percepção das pessoas. A meta é projetar sua imagem de forma que a percepção do público com o qual interage seja completamente positiva. Você deve analisar sua apresentação olhando pela lente de como outros a perceberiam e entenderiam. A comunicação bem-sucedida não é apenas a transmissão de uma ideia, mas é a compreensão correta da mesma pelo receptor.
Como disse um consultor de marketing:
Você pode achar que têm uma empresa fantástica, talvez seu produto ou serviço de fato tragam grandes benefícios. Mas se essa não for a percepção do cliente o produto permanecerá na prateleira.
Se a percepção for favorável a empresa buscará melhorá-la. Se não for favorável, buscará mudá-la. Se não houver percepção, como no caso de um produto novo, a empresa buscará criá-la.[1]
Cabe a nós, nos empenharmos em nos certificarmos de que a apresentação e a explicação de nosso trabalho e projetos sejam profissionais, relevantes e atuais, se é que desejamos ser uma influência positiva, e em última análise, uma força para o bem na nossa comunidade.
Talvez se pergunte se divulgar suas boas obras não seria autopromoção e se talvez deva evitar fazer isso, deixando suas obras e testemunho falarem por si mesmos. Trata-se, claro, de uma questão de convicção pessoal empenhar-se em divulgar ativamente a sua obra, e também existe o aspecto prático que é se a obra se beneficiaria dessa divulgação.
Seguem-se alguns trechos interessantes de uma explicação encontrada na seção de notícias de uma igreja sobre promover boas obras.
Poucas histórias são mais inspiradoras do que as de esforços humanitários que melhoram a vida das pessoas. A grande maioria conhece a história do Bom Samaritano e fica comovida com sua abnegação e bondade; ela sem dúvida motivou muitos a prestarem serviço cristão. A Igreja frequentemente questiona quando se deve divulgar ou não os esforços humanitários.
Duas passagens do Novo Testamento parecem um tanto contraditórias quanto a essa questão. Nas Bem-aventuranças Jesus ensina que devemos dar nossas "esmolas.... em segredo". Porém, em outra passagem bíblica disse aos Seus seguidores: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus."
Enquanto os muitos trabalhadores humanitários em todo o mundo realizam suas tarefas com humildade e modéstia, eles inevitavelmente atraem a atenção da mídia. Embora essa não seja a intenção de seus esforços, isso ajuda a sensibilizar as pessoas em todo o mundo para os problemas reais que os filhos de Deus enfrentam.
A divulgação desses esforços ajuda a criar uma cultura e ambiente que valoriza o serviço cristão. Também fomenta parcerias valiosas entre a igreja e outras organizações humanitárias com interesse mútuo de compartilhar melhores práticas, métodos e estratégias.[2]
Quer opte por promover sua obra missionária de forma proativa quer não, ter uma apresentação profissional continuará a fazer uma diferença na percepção que as pessoas têm de você, sua obra, e da organização ou organizações que representa, e de sua decisão de se relacionarem ou não com você.
Temos o melhor produto no mundo — Jesus, Seu amor e Suas respostas — mas se não o embalamos e divulgamos do agrado do público e atrativa, não conseguiremos "vendê-lo". No nosso caso, nossa meta não é apenas criar uma impressão positiva, mas ser uma influência positiva — uma força para bem — e promover a boa vontade na comunidade local.
Meios profissionais de apresentações
Todo negócio tem de procurar e encontrar novas oportunidades, criar novos produtos e campanhas de publicidade, atualizar seus métodos e linha de produtos. Qualquer pessoa que deseja estar na vanguarda, avançando rumo ao futuro e colhendo o sucesso que lá o espera, não poderá evitar a mudança, inovação e o pioneirismo... O que fizemos no passado provavelmente terá de ser adaptado, ajustado, mudado ou descartado, e isso exigirá inovação.
Há muitas formas bem-sucedidas de se apresentar e promover sua obra, pode se utilizar prospectos, álbuns de apresentação, cartões de visita, sites, recursos multimídia, cartas de recomendação, boletins, informativos para a mídia, relatórios anuais, cobertura positiva da mídia etc. A publicidade bem-sucedida normalmente empregará uma combinação de pelo menos algumas dessas formas.
As pessoas na maioria dos países espera que você tenha um portfólio profissional do seu trabalho.
Sua presença na internet
A internet modificou as regras [de publicidade], e é preciso modificar suas estratégias para aproveitar ao máximo do mercado de ideias que a internet representa.[3]
Uma forma cada vez mais importante de fazer a publicidade do seu trabalho missionário é através da internet. Especialistas de publicidade dizem que a internet mudou todas as regras de engajamento de propaganda e de como conquistar mercados de nicho. Hoje em dia qualquer um pode fazer a publicidade de uma boa ideia, mensagem, produto ou trabalho na internet com poucos recursos, o qual pode ser uma forma bastante eficaz de atingir públicos específicos.
Por séculos, missionários têm se aventurado aos extremos mais distantes do globo para dar o Evangelho. Hoje, o campo de missão está à distância de um clique. Diariamente cerca de 2 milhões de usuários digitam nas ferramentas de busca palavras como "Deus" e "Jesus".
“O paradigma da evangelização está mudando. No passado, muitos grupos cristãos saiam porta a porta, ou faziam cruzadas nas cidades,” disse o Reverendo Allan Beeber, diretor de Global Media Outreach em Orlando. “A mudança no paradigma é que as pessoas agora vêm até nós.” …
“Sem dúvida é uma nova fronteira,” disse Lee Rainie, diretor de Pew Internet e American Life Project. “Em economias desenvolvidas a maioria das pessoas está online, e … passam a ver a internet como o primeiro lugar para se buscar todo tipo de informação.
“Então não é de se surpreender que quando as pessoas têm perguntas espirituais ou estão preocupadas com o rumo de suas vidas, que muitas agora começam a busca por respostas online.”[4]
Há muitos bons motivos, sejam eles espirituais ou práticos ou ambos, por que se deve considerar fazer publicidade da mensagem ou da sua obra missionária. No mundo, a primeira coisa que as pessoas vão fazer depois de conhecê-lo é procurar na internet e ver a apresentação virtual do seu trabalho missionário. Uma apresentação consistente na internet pode melhorar seu perfil profissional e lhe dar mais credibilidade
Você também pode utilizar as ferramentas das redes sociais para construir uma congregação ou para testificar. Ou talvez o Senhor o guie a publicar seu testemunho pessoal ou a se juntar a uma sala de chat que permita que você faça network e compartilhe seu testemunho com outras pessoas. Você também pode publicar videoclipes no YouTube. Há muitas maneiras nas quais o Senhor pode levar você a promover o evangelho na internet para alcançar públicos específicos.
Não há dúvida de que existe um mercado de cauda longa para conteúdo na internet criado por organizações de todo tipo — corporações, organizações sem fins lucrativos, igrejas, indivíduos, bandas de rock — e utilizados diretamente por compradores pesquisadores — aqueles que compram, doam, se afiliam e usam. Quando os consumidores vão para a internet em busca das soluções para os seus problemas, quando navegam em blogs, salas de chat e sites a procura de ideias, eles estão buscando o que organizações como a sua têm a oferecer. Diferentemente dos dias das antigas regras de publicidade em que havia uma mensagem para a maioria, os consumidores de hoje buscam produtos ou serviços específicos para atender seus desejos únicos no exato momento em estão conectados à internet.
Os publicitários devem mudar sua mentalidade de … publicidade dirigida para as massas para uma de estratégia focada no grande número de públicos mal-entendidos na internet.[5]
Estarmos conscientes do potencial e impacto da internet pode nos ajudar a fazer melhor uso dela na divulgação da nossa mensagem, e a ter melhor presença pública.
Em muitos países, a falta de presença pública é um testemunho contra a organização e seu trabalho e pode ser indício de sua falta de profissionalismo e sucesso. Pode ser uma desvantagem e prejudicá-lo, já que as pessoas frequentemente vão para internet para obterem maiores informações sobre a organização ou projeto antes de se envolverem.
A internet já não é uma caixa de areia que pode ser contida, — ela está totalmente integrada a todos os elementos dos negócios e da sociedade.[6]
É preciso tempo para trabalhar em seu portfólio de apresentação. Qualquer empresa, negócio, organização do terceiro setor — grande ou pequena — que almeja crescer, expandir sua base de influência e obter sucesso geralmente precisa investir em sua apresentação e publicidade. É preciso analisar o público-alvo e ver se os métodos, a apresentação e abordagem atuais estão de acordo com suas metas. Mas o tempo investido em profissionalizar sua apresentação, certificando-se de que atende aos patrões profissionais e as expectativas das pessoas, pode muito bem valer a pena.
* Nesta postagem e na próxima, falamos de marketing e de promover no sentido de suprir bens ou serviços de acordo com a necessidade do cliente ou consumidor; e também dos processos comerciais requeridos para fazer divulgação, venda e distribuição de um produto ou serviço.
Publicado originalmente em janeiro 2011. Adaptado e republicado em junho 2013. Tradução Hebe Rondon Flandoli.
[1] Robert Leaf.
[2] Cortesia da sala de imprensa dos Santos dos Últimos Dias.
[3] David M. Scott.
[4] Amy Green, 2009.
[5] De The New Rules of Marketing and PR, por David M. Scott (Your Coach in a Box, 2009).
[6] De “Groundswell: Winning in a World Transformed by Social Technologies,” por Charlene Li e Josh Bernoff (Harvard Business Review Press, 2011).
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