Junho 11, 2014
Eu acho impressionante a importância de um pequeno pensamento. Se pararmos para assimilá-lo, esse pequeno pensamento pode desvendar um horizonte de ideias. Na contrapartida, se não pararmos para reparar nesse pequeno pensamento, podemos perder uma revelação que o Senhor talvez esteja tentando nos dar.
O último aluno que eu pego no ônibus está sempre atrasado. Ele estuda em uma escola diferente dos outros alunos, então deixo todos na mesma escola, volto e pego este último. Nos últimos dias ele tem andado bem cabisbaixo e triste. Como dizem: “Ele está mais pra baixo que mecânico de submarino”. Por isso, o outro dia, na tentativa de distraí-lo, eu lhe perguntei se ele sabia o que era o equinócio, o primeiro dia da Primavera, se ele entendia o significado disso.
Ele não respondeu. Típico. Continuei a conversa por fé. Muitas vezes eu me dirijo a ele confiando que o que eu digo vai ter algum impacto na sua mente e espírito, já que a Palavra nunca volta vazia —mesmo que ele não esboce reação alguma.
Comecei a lhe dizer que equinócio vem de dois termos latinos, um que significa noite e outro que significa igual, e basicamente é quando a noite e o dia têm igual duração. Expliquei então que ocorre um equinócio em março marcando o início da Primavera no hemisfério Norte, e um em setembro, marcando o início do Outono no hemisfério norte. Depois lhe disse que o oposto é o solstício, que também ocorre duas vezes no ano, no meio do inverno, marcando o dia mais curto, e no verão, marcando o dia mais longo.
Eu lhe disse que o universo é como um grande relógio, algo maravilhoso que funciona em perfeita sincronia. E perguntei: “Se eu lhe desse um vidro com todas as peças de um Rolex, e lhe dissesse para chacoalhar bastante, você acha que chegaria a montar um relógio com a engrenagem funcionando perfeitamente e mostrando as horas certinho?”
Ele respondeu negativamente. — Finalmente consegui que ele falasse algo!
Então eu disse: “Não é doido que as pessoas achem que o relógio do universo, algo muito mais detalhado, simplesmente se formou sozinho?”
Ele não disse nada, mas percebi que estava pensando. Olhava para o teto do ônibus ponderando. Chegamos à escola e acho que o meu papo causou um grande impacto nele, porque ele se despediu de mim com um “tchau!”, e desceu do ônibus.
Talvez tenha sido o olhar maravilhado desse jovem quando eu lhe disse que o universo era um grande relógio, que me fez pensar na palavra “maravilhoso”. Pensei então em Isaías 9:6: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”
Eu gosto de comparar diferentes traduções da Bíblia. Quando procurei esse versículo em outras versões, das vinte que conferi em inglês, oito diziam: “E se chamará Conselheiro Maravilhoso”, sem vírgula, portanto um adjetivo de Conselheiro, em vez de um dos nomes de Deus.
Para confirmar qual tradução era correta, recorri à minha fiel Bíblia de estudo, The Hebrew-Greek Key Study Bible[1], que é a minha pedra de toque. Ali encontrei a palavra original em hebraico, Pele, que foi traduzida por Maravilhoso na Bíblia, um substantivo, não adjetivo. Vem da palavra Pala, que significa distinto, singular, milagroso. E faz uma menção especial a Isaías 9:6: “Este é um dos vários nomes do Messias, mostrando que Jesus daria continuidade à obra de Deus.”
Comecei então a pensar na natureza e todas as suas maravilhas; no corpo humano, na mente humana, e na maravilha que tudo isso é. As flores, os pássaros, as abelhas, a lua, a maré, tudo! Na verdade, toda a criação inspira admiração, o que nos faz adorar e louvar o Criador cujo nome é Maravilhoso. Ele é pura maravilha.
Então pensei na Evolução, e percebi que acreditar em um mundo sem planejamento tira o fator “maravilha” do lindo mundo criado por Deus. Se tudo aconteceu aleatoriamente, sem um arquiteto ou planejador, qual a maravilha nisso? Não existe magia ou nada que inspire admiração e veneração. Tudo só aconteceu por acaso. Nada demais!
Mas não é assim! A criação de Deus foi planejada para inspirar admiração. É uma maravilha, é algo surpreendente que causa admiração. E nós, filhos de Deus nascidos de novo, devemos reconhecer Sua atenção e amor na obra das Suas mãos, o que deveria nos inspirar a louvar e adorar a Ele, nosso maravilhoso Criador. Deus é maravilhoso! A natureza é uma maravilha.
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Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.—Isaías 25:1
Louvem ao Senhor pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!—Salmo 107:8
Fez com que as suas maravilhas fossem lembradas; piedoso e misericordioso é o Senhor.—Salmo 111:4
Toda a criação de Deus é uma obra de arte que representa continuamente a Sua mensagem para nós… gravuras que contam a história, retratos da verdade.
Sabe quais são as maiores credenciais divinas, a prova real da Sua autoridade? A criação. A Sua gloriosa criação é um testemunho constante da existência de um arquiteto divino, um Criado. Romanos 1:20 diz: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.
Aqueles que se recusam a reconhecer Deus na criação assemelham-se ao agricultor que ao ver uma girafa pela primeira vez exclamou: “Essa coisa não existe!” — Só porque eles não acreditam não significa que não existe.
Basta sair ao ar livre e observar as árvores, os pássaros, os esquilos, e ficará evidente que nada aconteceu por acaso. Exigiu muito planejamento.
Será que Deus ama você? É possível ver e sentir esse amor no lindo mundo que Ele nos deu para morar. Olhe ao redor para a linda criação e verá o amor de Deus. Olhe para o mundo e as verá que Deus o ama. O Seu amor se evidenciar em tudo o que Ele criou para desfrutarmos. Quando pensamos nas maravilhas da gloriosa criação de Deus e na maneira como Ele cuida de tudo, sentimos vontade de louvá-lo ainda mais.—Compilado dos escritos de David Brandt Berg
Tradução Hebe Rondon Flandoli.
[1] Spiros Zodhiates, ed. (Baker Publishing, 1985).
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