Seja generoso

Outubro 8, 2013

Uma compilação

De graça recebestes, de graça dai. —Mateus 10:8

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O ato de dar melhora nosso relacionamento com nossos bens e com o mundo material no qual vivemos. Todos gostamos de ganhar dinheiro, mas há outras coisas que também desfrutamos, tais como o amor de nossa família, pertencer a uma comunidade, a sensação de que a vida tem significado, que estamos realizando algo, contribuindo e ajudando. Gostamos de fazer uma diferença positiva na vida das outras pessoas. Mas como manter o equilíbrio e a perspectiva? Como adequadamente garantir para nós e os nossos as necessidades básicas como comida, abrigo, educação e saúde e, ao mesmo tempo, ter propósito na vida? Como podemos evitar nos preocuparmos excessivamente com as coisas que, em última análise, não satisfazem, para cultivar as que trazem verdadeira satisfação? A prática intencional da generosidade nos ajuda a hierarquizar melhor nossas prioridades.

O ato de doar reflete a natureza de Deus. Damos porque somos criados à Sua imagem, e Sua natureza essencial é dar. Somos criados com a natureza de Deus impressa em nossas almas, para sermos sociáveis, compassivos, interligados, amorosos e generosos. A generosidade extravagante de Deus é parte da nossa essência também. Mas vivemos com a ansiedade e o medo, influenciados por uma cultura que nos faz acreditar que jamais teremos o bastante. Deus enviou Jesus Cristo para nos levar de volta ao que somos e a Deus. A Bíblia diz para termos “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”,[1] e assim nos tornarmos livres. Crescer na graça de dar é parte da jornada de fé do cristão, uma resposta que os discípulos de Cristo oferecem ao chamado de Deus para fazer uma diferença no mundo. —Robert Schnase[2]

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A misericórdia nos traz o perdão
Este nos torna seres gratos
A generosidade nasce da gratidão
E nos deixa mais ternos
A ternura nos enriquece com amor
E o perfeito amor nos dá paz.
—Guillermo

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Deem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês. —Lucas 6:38[3]

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Não é preciso ser milionário para dar o que tem. Não há um filho de Deus que não possa dar algo para ajudar alguém menos favorecido. Talvez você pense que não tem condições de dar, ou talvez não possa dar muito no início, mas Deus abençoa a todos os doadores. Se você não for rico, tem mais uma razão para dar: Deus o abençoará e o ajudará a ter mais.

Ele opera Seu sistema financeiro ao contrário do que faz o mundo. O mundo diz: “Comece a dar quando tiver um milhão.” Mas o Senhor diz: “Dê agora o que tem agora e lhe darei mais.” O homem diz: “Primeiro, eu. A autopreservação é a primeira lei da natureza.” Mas Deus ensina: “Dê prioridade a Mim e aos Meus, e então cuidarei de você.”[4] Não existe um doador pobre. Ninguém que dá com generosidade — mesmo se for apenas parte do pouco que tem — pode ser pobre, porque Deus abençoará essa pessoa com mais.

O caminho de Deus para a plenitude é a doação abnegada do que a pessoa tem. Quanto mais compartilhar, mais Deus acumulará a seu favor e mais você terá para dividir. O amor doa e se enriquece. —David Brandt Berg

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O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.—Provérbios 11:25[5]

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São Francisco de Assis disse: “Só tomar separa você dos outros; só dar une você aos outros.” A essência do altruísmo é a generosidade. Não apenas ajuda a unir a equipe, mas também a ajuda a vencer. —John C. Maxwell

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Criar uma ponte entre sua espiritualidade e seu trabalho significa combinar quem você é e o que acredita no seu dia-a-dia profissional. Significa que se bondade, paciência, sinceridade e generosidade são qualidades espirituais nas quais você acredita, deve se esforçar para praticá-las em seu trabalho. Trate os outros com bondade e respeito. Você é tão generoso quanto se propõe a ser com seu tempo, dinheiro, ideias e amor.

É comum sobrarem oportunidades para praticar paciência, atos de bondade e perdão. Você tem tempo para pensar com amor, sorrir, abraçar os outros e exercitar a gratidão. Você pode praticar ser um ouvinte melhor. Você pode tentar ter compaixão, especialmente com pessoas de difícil convivência. O exercício da espiritualidade pode ocorrer em praticamente tudo que você faz. —Richard Carlson[6]

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“Leve isto àquela viúva pobre que mora à entrada da cidade”, disse o velho sapateiro alemão ao seu jovem aprendiz, entregando-lhe uma cesta de legumes frescos. Aquele homem trabalhava duro no seu ofício e cultivava sua pequena horta para conseguir sobreviver, mas, ainda assim, sempre dava o pouco que tinha.

“Como o senhor consegue dar tanto?”, perguntavam-lhe.

“Não dou coisa alguma” —respondia. “Empresto ao Senhor e Ele me paga de volta muitas vezes mais. Fico envergonhado de as pessoas pensarem que sou generoso, pois recebo tanto de volta. Há muito tempo, quando eu era bem pobre, vi alguém ainda mais pobre do que eu. Queria lhe dar algo, mas não via como. Dei mesmo assim e o Senhor me ajudou. Trabalho nunca me falta e a minha horta produz em abundância. Desde então nunca hesito quando ouço falar de alguém em necessidade. Não, mesmo se eu desse tudo o que tenho, o Senhor não me deixaria morrer de fome. É como dinheiro no banco, só que desta vez o banco — o Banco do Céu — nunca vai à falência, e os juros retornam cada dia.” —Autor Anônimo

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Não é possível ajudar todos os pobres, mas você pode, pelo menos, ajudar aqueles com quem tem contato, em especial os que prestam serviços a você. Nunca achei que dar gorjetas fosse uma extravagância ou algum tipo de desperdício.

Sempre pensei que gorjetas generosas não apenas ajudam os que as recebem —e eles precisam mesmo—, mas também tenho prazer em dar gorjetas. —David Brandt Berg

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Diz a lenda que um frade muito generoso jamais negara algo a um mendigo e dava tudo que podia aos necessitados. O estranho era que quanto mais ele dava, mais rico o mosteiro ficava o mosteiro em que vivia o religioso.

Quando o velho frade morreu, foi substituído por um novo com uma natureza exatamente oposta — era duro e mesquinho. Certo dia, um senhor idoso chegou ao mosteiro dizendo que havia estado lá anos atrás e buscava abrigo novamente. O frade recusou o pedido do visitante dizendo que o mosteiro já não podia mais dispor da sua hospitalidade anterior.

“Nosso mosteiro não pode oferecer nada a estranhos como quando éramos ricos” —explicou o religioso. “Parece que ninguém hoje em dia faz doações ao nosso trabalho.”

“Entendo” —disse o estranho. “Acho que isso é devido aos dois irmãos que você expulsou do mosteiro.”

“Não me lembro de ter feito isso”—disse o frade intrigado.

“Fez sim” —foi a resposta. “São gêmeos. Um se chamava ‘Dê’ e o outro, ‘Receberá’. Você expulsou o ‘Dê’, e aí seu irmão decidiu partir também.” —Autor anônimo

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Não existe um doador pobre.Segundo as leis de Deus, a maneira como conduz Suas finanças, distribui Suas bênçãos e trabalha, ninguém que dá generosa e abundantemente, mesmo se tudo que tiverem for “o tostão da viúva”, é pobre. Como essas pessoas deram tudo, Deus, lhes dará tudo e, por isso, não podem ser pobres! Ele de alguma forma as abençoará. —David Brandt Berg 

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O amor vai uma milha a mais. O amor é generoso e não pergunta: “O que ganho com isso?” —Thomas Lickona

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Tudo que é dado com alegria volta ao seu doador para enriquecer sua vida de formas inesperadas. —Jesus, falando em profecia.

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Se pudéssemos entender que, mesmo sendo mortais, construímos diariamente para a eternidade, quão diferentes seriam nossas vidas em tantos aspectos. Cada palavra gentil, cada pensamento generoso, cada ato altruísta se tornará um pilar de eterna beleza na vida por vir. Não podemos ser egoístas e desamorosos em uma vida e nos tornar generosos e amorosos na próxima. As duas estão intimamente combinadas; uma continua na outra. —Rebecca Springer[7]

Publicado em Âncora, em outubro de 2013.


[1] Filipenses 2:5.

[2] Five Practices of Fruitful Living (Cinco Passos para uma Vida Frutífera) —Abingdon Press, 2010.

[3] NVI.

[4] Mateus 6:33.

[5] NVI.

[6] Don’t Sweat the Small Stuff at Work (New York: Hyperion, 1998).

[7] Intra Muros (“Within the Gates,” 1922).

 

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