Julho 30, 2013
“Assim como o Pai me enviou, Eu os envio”. —João 20:21[1]
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Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós? “ E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me!” —Isaías 6:8[2]
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E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” —Marcos 16:15[3]
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Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!” —Romanos 10:14–15[4]
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Partir em uma missão para toda a criação de Deus é expressar um elemento essencial da Sua natureza. Na Bíblia, encontramos a palavra enviar mais de 650 vezes, usada principalmente no contexto de Deus enviando algo ou alguém. No Antigo Testamento, envia anjos para ministrar, maná para alimentar e profetas para advertir. Envia catástrofes para deter tiranos ou disciplinar Seu povo. Envia líderes para libertar. Deus está atento às necessidades e é por isso que envia.
No Novo Testamento, a história divina chega ao ápice quando Deus envia o próprio Filho ao mundo para sofrer, morrer pelos nossos pecados e restaurar a Sua criação. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Jesus diz. “Quem vê a Mim vê o Pai”. Jesus Cristo é a sinalização máxima para o Céu.
Quase ao final do Seu ministério na terra, Jesus disse aos Seus seguidores: “Assim como o Pai me enviou, Eu os envio”. E então enviou o Espírito Santo para possibilitar nossa missão. Esta história de Deus revela a sequencia da redenção: O Pai envia o Filho; o Filho envia o Espírito; e o Pai, o Filho e o Espírito enviam a nós, a igreja.
O conceito de enviar não foi inventado por nenhuma organização religiosa. É o pulso do Deus vivente. Ele é um Deus que envia e também que vai adiante. Na verdade, sem a palavra enviar, não haveria Evangelho na Bíblia. É por isso que quando vamos às pessoas e aos lugares onde existe carência, estamos expressando a natureza divina, representando o Céu e o nosso Rei.
Logicamente, não precisamos ir quando Deus nos envia. Até os primeiros apóstolos resistiram ao pedido. Durante um bom tempo, limitaram as Boas Novas a Jerusalém. Entendo por que não queriam ir. As pessoas estavam respondendo ao Evangelho em todos os cantos, muitas vidas estavam sendo transformadas, então por que sair, se estavam quebrando todos os recordes? Mas como Deus queria que fossem por todo o mundo e divulgassem as Boas Novas a toda a criação, possivelmente permitiu perseguição justamente para lhes dar o pontapé inicial. Os cristãos em Jerusalém começaram a ser presos, espancados e até mortos. Em poucos anos, os seguidores de Jesus tinham se espalhado por todo o Império Romano, divulgando as Boas Novas do reino aonde quer que fossem. —Rick McKinley[5]
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Estou mais decidido do que nunca que nada determinará um limite para nós, a não ser o Senhor, que já nos incentivou a ir “aos confins da terra” e “a toda a criatura”.
A dificuldade é acreditar que Ele Se digne usar uns “inúteis” como nós. Mas, é claro, Ele prefere a fé e os tolos ao talento e cultura. Tudo que Deus quer é um coração, fora isso, qualquer cabeça de vento serve. E se tivermos bastante espaço dentro de nós, tudo vai dar certo, porque Ele vai nos preencher com o Espírito Santo. —C. T. Studd
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O cristianismo é disseminado por meio da pregação do Evangelho. A dádiva da salvação, que Jesus morreu para nos dar, é passada para outros por meio da testificação. Se os primeiros discípulos não tivessem pregado o Evangelho e ensinado os outros a fazer o mesmo, esse conhecimento teria parado por ali. Deus nos deu algo tão grandioso que muda nossa vida para sempre e é nossa responsabilidade, enquanto discípulos, compartilhar com os outros e lhes oferecer essa mesma oportunidade. —Peter Amsterdam[6]
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Devemos voltar ao plano original que Jesus deu aos primeiros discípulos, registrado no livros dos Atos e definido de uma forma bem simples: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura”.[7]
Só Jesus salva, mas não pode salvar só a nós. Quer salvar o mundo todo, o que um dia fará. Mas precisa de cada um de nós para disseminar Seu amor. Quer que compartilhemos Seu amor e a mensagem da salvação no nosso canto de “todo o mundo”.
Se ama Jesus e quer mesmo agradar-Lhe, você tem essa responsabilidade. Ele lhe deu uma missão, um trabalho e você precisa realizá-lo. “Prega a Palavra; insta a tempo e fora de tempo.”[8] Ame e ganhe almas. Divulgue a Palavra e a mensagem. Dissemine o amor de Deus.
Os campos já estão “brancos para a ceifa,”[9] então “ore ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a Sua seara”[10] —e o primeiro que Ele vai enviar é você. —David Brandt Berg[11]
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Eu o envio à labuta sem pagamento,
Para servir sem gratificação, amor, ou reconhecimento,
Para ser escarnecido e menosprezado,
Assim Eu o envio para servir-Me, sozinho.
Como o Pai Me enviou, também Eu o envio.
Eu o envio para sarar os feridos e quebrantados,
Ajudar os que vagam, chorar e despertá-los,
Levar as cargas de um mundo exausto —
Assim Eu o envio para sofrer por Mim.
Como o Pai Me enviou, também Eu o envio.
Assim Eu o envio —para solidão e anseios,
Desejando ser amado e reconhecido;
Abandonando o lar e seus queridos,
Assim Eu o envio —para conhecer apenas o Meu amor.
Como o Pai Me enviou, também Eu o envio.
Eu o envio —para largar as ambições da vida,
Ignorar seus desejos e entregar sua vontade,
Trabalhar arduamente e amar quando insultado,
Assim Eu o envio —para perder sua vida na Minha.
Como o Pai Me enviou, também Eu o envio.
Eu o envio a corações empedernidos pelo ódio,
A olhos cegos por falta de interesse em ver,
Para se dedicar, mesmo sangrando, sem se poupar —
Assim Eu o envio para provar o Calvário.
Como o Pai Me enviou, também Eu o envio.
—Margaret Clarkson
Publicado no site Âncora em julho de 2013. Tradução Hebe Rondon Flandoli.
[1] NVI.
[2] NVI.
[3] NVI.
[4] NVI.
[5] This Beautiful Mess (Multnomah Books, 2006).
[6] Fonte: http://directors.tfionline.com/pt/post/amar-viver-pregar-ensinar-prega-lo/.
[7] Marcos16:15.
[8] 2 Timóteo 4:2.
[9] João 4:35.
[10] Mateus 9:38.
[11] Força Diária (Aurora Production, 2004).
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