Março 28, 2024
[Celebrating Communion]
O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.—1 Corinthians 11:23–26
A comunhão é uma ilustração simples da última ceia de Jesus com Seus discípulos, e a única cerimônia religiosa que Ele instituiu e ordenou aos Seus seguidores que observassem até Ele voltar. A intenção da cerimônia é lembrar e agradecer, além de servir de testemunho.
Na comunhão lembramos Jesus e a Sua morte por nós, que Ele sacrificou Sua vida pela nossa salvação e Seu corpo foi quebrado por nós. É uma celebração de ação de graças pela dádiva da salvação eterna. Serve de testemunho e exemplo para outros de que Jesus morreu por nós e nos dá a oportunidade de proclamar a Sua morte até que Ele venha. É também um momento para aqueles que creem se unirem e demonstrarem a unidade entre os cristãos. É um momento para renovar a ligação com Jesus, confessar os pecados, endireitar as coisas, agradecer a Ele pela salvação e ser testemunhas da Sua bondade.
Todos os anos, na Páscoa, centenas de milhões de cristãos professos no mundo todo, quer sejam católicos, quer protestantes ou interdenominacionais, celebram o último dia da vida de Cristo na terra, antes da Sua morte. E também a Última Ceia que celebrou com os Seus discípulos durante a páscoa judaica, que era quando os judeus comemoravam a sua libertação da escravidão e o êxodo do Egito com alegria e ação de graças.
Esta Páscoa seria especialmente triste para os discípulos, que partilhavam a Última Ceia com o Senhor. De maneira sobrenatural, o próprio Jesus arranjou um lugar onde fazerem a refeição da Páscoa (Lucas 22:9-13). Eles então celebraram o que se tornou conhecido como eucaristia ou comunhão.
Depois da refeição, o Senhor falou aos Seus discípulos sobre Seu sofrimento e morte, e os conduziu solenemente numa cerimônia, uma das poucas que recomendou aos Seus seguidores que observassem em reconhecimento da Sua morte. “Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim”. Paulo disse que ao fazer isso, “vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha” (1 Coríntios 11:25,26).
Lemos no Evangelho de Lucas: “Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim’” (Lucas 22:19). Jesus estava ilustrando para Seus discípulos o que Ele estava prestes a fazer. Naquela noite, Seu corpo seria quebrado, perfurado, espancado, dilacerado, Seu sangue seria derramado e, por fim, Sua vida seria entregue por nós. O corpo de Jesus seria quebrado por cada um de nós.
Ele sofreu dor e agonia físicas ao morrer na cruz e derramar Seu sangue para nossa salvação e cura. A Palavra de Deus diz: “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados” (1 Pedro 2:24).
“Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mateus 26:27,28). Se você recebeu Jesus como Senhor e Salvador, já partilhou do Seu sangue (simbolizado pelo vinho) para a salvação. Ao tomar o vinho, damos testemunho que recebemos o sangue de Cristo para a salvação espiritual. Ao partilharmos do pão, damos testemunho de receber o corpo de Cristo que foi partido por nós.
“Façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim”. A comunhão é uma manifestação do nosso amor por Jesus e apreço pelo sacrifício que Ele fez pela nossa redenção. Jesus não disse quantas vezes deveríamos celebrar a Comunhão, mas sim para fazermos isso em memória dEle e como testemunho dEle.
Participar do vinho da Comunhão não nos salva, porque já recebemos a salvação pela fé. Esta cerimônia é para encorajar e afirmar a nossa fé e testemunho de que recebemos o sangue de Cristo e o Seu sacrifício para a expiação dos nossos pecados.
Que me pode perdoar?
Só o precioso sangue.
Dos pecados me lavar?
Só o precioso sangue.
Jesus na cruz morreu;
Ali por mim verteu
Precioso sangue Seu.
Oh! que precioso sangue!
—Robert Lowry, 1876
Nunca devemos esquecer a ressurreição quando falamos da morte de Jesus. Se não fosse pela ressurreição, Sua vida e morte não significariam nada. “E, se Cristo não ressuscitou, a fé que vocês têm é inútil, e vocês ainda estão em seus pecados. Se nossa esperança em Cristo vale apenas para esta vida, somos os mais dignos de pena em todo o mundo” (1 Coríntios 15:17-19). Mas graças a Deus Ele ressuscitou!
Não vamos apenas lembrar da morte na cruz ou imaginar um Cristo crucificado, Seu sofrimento e Sua morte, pois Jesus não está mais na cruz. Não temos um Cristo na sepultura – Ele ressuscitou! “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55).
Nós não temos um Cristo morto em um crucifixo; temos um Jesus vivo em nossos corações!
Da sepultura saiu!
Com triunfo e glória ressurgiu!
Ressurgiu, vencendo a morte e o seu poder;
Pode agora a todos vida conceder!
Ressurgiu! Ressurgiu!
Aleluia! Ressurgiu!
—Robert Lowry, 1874
A passagem em 1 Coríntios que fala da Comunhão também oferece uma grave advertência: “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor” (1 Coríntios 11:27). O que significa participar da comunhão indignamente? Se fosse interpretado no sentido de não merecedor, ninguém jamais seria digno ou merecedor da morte de Cristo. Não podemos ganhar a salvação, fazer por merecê-la por mérito próprio, bondade própria ou nossa própria justiça. Não somos mereceremos da Sua morte, do Seu corpo nem do Seu sangue derramado por nós.
Nenhum de nós é digno de salvação, mas uma coisa que devemos fazer é aceitar o sacrifício de Jesus e proclamá-lo nosso Senhor e Salvador. “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Romanos 10:9). A única maneira de ser digno de participar da Comunhão é recebendo a salvação.
Jesus fez todo o resto. Ele sofreu, morreu e derramou Seu sangue. Cabe a nós agora proclamar a Sua morte até que Ele venha. Qual é o dever de todo cristão? Testemunhar aos outros, dar testemunho da sua fé. É algo que só podemos fazer através do merecimento do Senhor, da salvação que Ele nos concedeu.
“Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice” (1 Coríntios 11:28). A certeza de participar da comunhão dignamente é através do valor de Cristo, porque sabemos que estamos salvos e que, ao aceitarmos a salvação, bebemos espiritualmente do sangue de Jesus e comemos do corpo de Cristo.
Paulo adverte novamente, porém, que “quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação” (1 Coríntios 11:29). Se os não salvos participam da sagrada Eucaristia estão bebendo julgamento para si mesmos. A celebração da Comunhão é reservada para aqueles que receberam a salvação em Jesus.
Jesus, nós Lhe agradecemos pelo Seu sacrifício, pelo Seu sangue derramado pela remissão dos nossos pecados, pelo novo testamento no Seu sangue que comemoramos cada vez que participamos da Comunhão. Fazemos isso em memória de Você—do Seu sofrimento, do Seu amor, do fato de ter morrido no nosso lugar e ter tomado sobre Si o castigo por nossos pecados—e porque ressuscitou dos mortos.
Agora confirmamos e damos testemunho da nossa fé em Você, da Sua morte por nós e do Seu sacrifício ao derramar o Seu sangue pela nossa salvação para purificar os nossos pecados. Obrigado pela preciosa dádiva da salvação, da vida eterna, e por podermos participar da comunhão eterna junto a Você.
De um artigo do livro Tesouros, publicado por A Família Internacional em 1987. Adaptado e republicado em março de 2024.
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