Fevereiro 29, 2024
[Confession]
Saudações no nome do Senhor Jesus Cristo. Deus os abençoe e os guarde. O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre vocês hoje.
O seguinte é um poema de Elsie Ployer. Seus poemas têm encorajado a muitos. É intitulado “Vá e Não Peques Mais”.
Uma mulher foi levada ao Salvador,
Acusada por homens arrogantes
De quebrar o sétimo dos dez mandamentos,
E aconteceu bem naquele instante.
“Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar
Uma mulher que faz algo assim.
E o senhor? O que tem a dizer?”
O Salvador quieto virou-Se por fim.
Esperavam acusar Jesus também
De quebrar a Lei Mosaica na ocasião.
Mas sua compostura e mansidão
Os encheu de admiração.
A mulher, envergonhada e tremendo,
Com remorso no coração,
Parecia desolada, sem esperança,
Com a falta de compaixão.
A tradição conta que Jesus escrevia
Com um dedo de Sua firme mão,
E assim Ele traçava na areia
Tudo o que diziam, cada reclamação.
Sim foi tudo escrito, mas na areia
Que o vento sopra e tudo desfaz:
E assim todo pecado deve ser banido,
Abandonado, perdoado e esquecido!
Os escribas e os fariseus esperaram
Para ouvir a resposta de Jesus, e então
Ele respondeu àqueles homens hipócritas.
Será que Deus concederia sabedoria e visão?
Ele disse: “Aquele dentre vocês sem pecado
Seja o primeiro que atire pedra contra ela”.
Os mais velhos partiram, os outros os seguiram,
Só Ele ficou com ela, acabou-se a querela.
Ninguém te condenou, disse-lhe,
E a gratidão dela era demais.
Com o seu “Nem Eu a ti condeno”.
Depois disse, “Vá e não peques mais”.
Para contemplar a grande glória de Deus,
Bastaria alçar os olhos depois de tudo isto.
Apenas um vislumbre de Sua face,
Da face de Jesus, o Cristo!
Com que doçura ela escreveu sobre esta passagem que tanto amamos da Palavra de Deus porque fala do amor e do perdão do nosso Senhor Jesus Cristo.
João capítulo oito diz:
Jesus foi para o monte das Oliveiras. E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: “Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes”?
Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-Se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-Lhe, endireitou-Se e disse-lhes: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”.
E, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio.
E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” E ela disse: “Ninguém, Senhor”. E disse-lhe Jesus: “Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”. (João 8:1-11)
E quero apenas dizer a você que, se Jesus fez isso por aquela mulher com tamanho pecado e sob tamanha condenação, Ele certamente perdoará você! Há espaço na cruz para você!
No ano de 1517, houve um grande tumulto em Londres, no qual muitas casas foram saqueadas.1 A insurreição reinou; as armas da Torre de Londres disparavam contra os insurgentes, e bandos armados os atacavam por todos os lados. Trezentos homens foram presos, julgados e enforcados, e outros quinhentos foram presos e finalmente levados a julgamento perante o rei Henrique VIII.
Os prisioneiros foram julgados no Westminster Hall e, no dia marcado, os quinhentos homens marcharam sob escolta, e cada homem tinha uma corda no pescoço. Antes de o rei proferir a sentença de morte, três rainhas entraram no salão por uma porta lateral. Eram Catarina de Aragão, a esposa do rei, Margarida da Escócia, a irmã do rei, e Maria da França.
Elas se aproximaram do trono e, prostrando-se diante do rei, lembraram-no de que todo homem estava se declarando culpado por usar uma corda no pescoço. O rei ficou muito comovido e as lágrimas e intercessões das três rainhas prevaleceram. Cada um dos homens trêmulos foi perdoado e libertado.
De que forma aqueles homens declararam sua culpa? Cada homem, de acordo com o costume daqueles dias, usava uma corda em volta do pescoço, e essa corda admitia: "Sou culpado da ofensa da qual sou acusado. Mereço a morte. Aqui está a corda com a qual me enforcar".
Da mesma forma, a maneira de ganhar o perdão e o favor de Deus é entrar em Sua presença usando a corda da confissão. Vocês se lembram da história do publicano que veio com “sua corda” e clamou: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. E ele foi para sua casa justificado. (Ver Lucas 18:13-14.)
Não há perdão sem confissão, mas há perdão instantâneo quando confessamos, pois o perdão é oferecido segundo os termos de Deus, e esses são os termos dEle. Então, devemos nos lembrar de que não há perdão a não ser com base na expiação, a expiação de Cristo.
2 Coríntios 5:21 nos diz, nas palavras de Paulo: “Aquele (Jesus Cristo) que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. O Filho de Deus, sem pecado e sem mancha, tornou-Se pecado e sofreu as consequências de nosso pecado. Aquele que não tinha pecado se tornou o portador do pecado, por você e por mim.
Jesus satisfez todas as exigências da lei, e temos a prova incontestável de que nossa dívida pelo pecado foi paga! Paulo também diz: “Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados. Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas” (Atos 13:38,39 ).
Não havia nenhum outro bom o suficiente
Para o preço do pecado por nós pagar.
Só Ele poderia abrir o portão do céu
E nos permitir entrar.2
Há poder no sangue de Jesus para purificá-lo do pecado, mas não há poder em nada mais. O pecado deve ser confessado ao Senhor antes de Ele poder perdoar. Até que isso seja feito, não haverá descanso para os pecados contra um Deus amoroso e pessoal.
Ele diz em Provérbios 28:13: “Quem encobre as seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”. E Davi disse: “Enquanto me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido todo o dia” (Salmo 32:3 ) Ou seja, quando ele encobria seu pecado, se recusava a confessá-lo a Deus, tentava dar uma de valente e não o confessava, a mão de Deus pesava sobre ele. O pecado não confessado é como um veneno que seca a vida! Por isso, ele diz: “O meu humor se tornou em sequidão de estio” (Salmo 32:4 ).
Como é belo, porém, quando confessamos os nossos pecados e nos acertamos com Deus e nos aproximamos dEle com humildade, como diz o Salmo 32:5: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.
Meu amigo, aproxime-se de Jesus na certeza de que Ele está disposto a recebê-lo. Confesse o seu pecado e Ele dirá: “Vá e não peques mais, nem eu também te condeno”.
Há espaço na cruz para você. Amém.
Transcrição do programa de rádio Meditation Moments, adaptado. Publicado no Âncora em fevereiro de 2024.
1 Evil May Day ou Ill May Day é um motim que ocorreu em 1517 como protesto contra os estrangeiros residentes em Londres.—Wikipédia
2 De “There Is a Green Hill Far Away”, por Cecil Frances Alexander (1848).
Copyright © 2024 The Family International