Caminhando pelo Vale

Março 30, 2023

Compilação

[Walking Through the Valley]

“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”.—Salmo 23:4

Sofrer perda é uma das causas comuns de estresse. Você pode perder um ente querido, sua saúde, sua posição no serviço a Deus, seu dinheiro, ou sua reputação.

Quando as pessoas sofrem perdas, geralmente têm uma das duas reações mais comuns: medo e tristeza. ... A tristeza não o destruirá se você conseguir se extravasar de alguma forma. ... Nem uma única vez diz na Bíblia, “Não fique triste”, “Não esteja pesaroso”, “Não chore”, ou “Nada de pranto”. O que diz é “Não temas”. E diz isto 366 vezes! …

Davi disse no Salmo 23:4: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”.

Os pastores sempre carregam uma vara e um bastão para proteger suas ovelhas. Davi sabia que, da mesma forma, Deus tem as ferramentas para protegê-lo, e confiou em Deus, mesmo nos vales mais escuros.

Você talvez esteja passando pelo vale da sombra—talvez o vale da sombra da morte, ou da sombra da dívida. Pode ser o vale da sombra de conflitos ou o vale do desânimo, ou até o vale da sombra da depressão.

Sombras são assustadoras. Mas aqui estão algumas verdades que você precisa se lembrar sobre as sombras:

Primeiro, as sombras não podem lhe fazer mal.

Segundo, as sombras são sempre maiores do que o objeto real.

Terceiro, para haver uma sombra, tem que haver uma luz.

Não há sombra sem luz. Então, quando você estiver atravessando o vale da sombra, rechace a sombra. Olhe para a luz. Enquanto mantiver os olhos na luz—Jesus, que é a luz do mundo—a sombra não o assustará.

É assim que se percorre o vale da sombra da morte. ... Você confia em Deus nos vales escuros, assim como Davi o fez. Ele orou: “Quando dentro de mim esmorece o espírito, tu sabes o caminho por onde devo andar” (Salmo 142:3).—Pastors.com

*

Adoro o Salmo 23. Talvez porque amo especialmente os versículos que se referem a um lugar calmo, lindo e tranquilo: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Salmo 23:2,3). Esse pequeno capítulo de apenas seis versículos nos oferece uma pequena ilustração dos ciclos da vida, os altos e baixos, os bons e os maus momentos, a tranquilidade e o caos. No entanto, em tudo isso, a presença de Deus é uma constante, a verdade imutável e permanente: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Salmo 23:1).

Para mim, é natural sentir mais a presença do Senhor nos períodos de tranquilidade e abundância. As necessidades são poucas e me sinto mais confiante de que Ele está comigo. De um modo geral, nessas ocasiões, não precisamos ser lembrados de que Deus está conosco, pois sentimos a Sua presença, estamos nos pastos verdejantes e ao lado de águas tranquilas.

Às vezes, entretanto, quando as coisas ficam confusas ou não seguem de acordo com o planejado — os momentos estilo “vale das sombras” — começo a sentir menos a presença de Deus. Estou passando por um momento assim e, infelizmente, sou impaciente. Quero que tudo acabe rápido, que Deus supra o que preciso imediatamente; quero sair do trecho do “vale das sombras” e passar para os “pastos verdejantes” o mais rápido possível. E sei que quando isso acontecer, vou querer que meu tempo aí dure o máximo possível, antes de ser novamente interrompido por um novo vale escuro.

Li esta manhã uma citação que expressava claramente a minha inclinação natural e ainda assim me lembrava que a perspectiva e o plano de Deus é muito maior e melhor do que o meu. É a seguinte:

“Deus gosta de surpresas. Queremos uma vida simples e previsível, com caminhos tranquilos e planos até onde a vista alcança. Mas Deus prefere o estilo off-road. Ele nos coloca em situações difíceis que parecem além da nossa capacidade de suportar — mas não estão. Com o Seu amor e a Sua graça, conseguimos perseverar. Os desafios que nos deixam com um nó no estômago sempre acabam fortalecendo a nossa fé e nos recompensam com sabedoria e alegria que não teríamos se a situação fosse diferente.”[1]

Eu gostaria que esses nós no estômago parassem, mas também gosto de pensar que Deus está desfrutando da viagem e que de alguma forma Ele vai fazer tudo contribuir para o meu bem. Enquanto isso, espero conseguir conquistar tudo que Ele tem reservado para mim antes dessa viagem off-road chegar ao fim e eu voltar aos pastos verdejantes.—Amanda White

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Nosso pastor deseja que vivenciemos o Seu amor todos os dias, que tenhamos uma vida sem medos. ... Não há um único dia em seu futuro em que Deus não O buscará para lhe dar bondade e amor, mesmo quando você está passando pelo vale mais escuro. Davi não diz que não haverá dor, problemas e angústias, mas diz que a benignidade, o amor e a bondade sempre estarão ao seu lado. David Knott[2]

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Não tema passar pelo vale da sombra da morte. Minha Presença radiante brilhará fortemente no vale profundo das sombras—fortalecendo, encorajando e consolando você. Como Eu nunca durmo, posso zelar por você constantemente. Ademais, nenhum vale é tão profundo, nenhum poço é tão escuro, que Eu não possa ver até o fundo dele.

Mesmo que às vezes você se afaste de Mim e caia em um poço escorregadio, pode contar Comigo para resgatá-lo. Quando clama a Mim, Eu o tiro do atoleiro de lama e ponho os seus pés sobre uma rocha—e lhe dou um lugar firme onde ficar. Você encontrará consolo no Meu compromisso de ajudá-lo, mesmo quando você escorregar.

Sempre que começar a sentir medo, lembre-se que Eu estou contigo. Prometi que nunca o deixarei; Eu mesmo vou adiante de ti. Enquanto estiver caminhando pelo vale da adversidade, mantenha estas palavras de consolo fluindo na sua mente: Não temerei mal algum, porque Tu estás comigo.Jesus[3]

Publicado no Âncora em março de 2023.


[1] Tony Snow, “Cancer's Unexpected Blessings,” Christianity Today, July 20, 2007.

[2] David Knott, The Psalm 23 Life: Experiencing the Love of God Every Day (Pelos Press, 2020).

[3] Sarah Young, Jesus Always (Thomas Nelson, 2017).

 

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