Março 6, 2023
[Coincidence? Or Not?]
O seguinte testemunho de uma missionária em Taiwan ilustra a importância de seguir o Senhor, estar atento aos Seus avisos e ser uma testemunha instante para quem quer que Ele coloque em nosso caminho. Nunca se sabe quando é o momento perfeito do Senhor para alguém ouvir a mensagem e aceitá-la!
Era meu dia de folga. Meu marido tinha seus afazeres e as crianças estavam na escola. Traduzindo: eu tinha o dia todo para mim. Planejei passar a parte da manhã em uma cafeteria colocando em dia minha leitura e mensagens eletrônicas. Depois disso iria fazer uma caminhada em uma área adorável da cidade aonde quase nunca vou porque fica a 40 minutos de carro.
A manhã transcorreu sem problemas e tudo estava se encaixando perfeitamente. Para começar, consegui pegar minha cadeira favorita na cafeteria, e o novo cardápio incluía bagels, meu favorito. Li sobre a importância de adotar uma mentalidade de fé, expectativa e de ler o Evangelho com expectativa positiva. Para mim parecia um novo conceito — fé para falar a alguém sobre Jesus, e fé e expectativa de que será o momento certo para a pessoa ouvir as boas novas.
Até então, eu acreditava que compartilhar as boas novas fazia parte da vida do cristão. Contudo, nunca tinha visto sob o ângulo de ter fé em mim mesma como aquela que oferece a mensagem e de que a pessoa que a recebe é alguém que está alinhado ao plano de Deus. Minha perspectiva era mais de alguém que precisava convencer o outro sobre o produto. Eu mostrava o produto e se a pessoa aceitasse, ótimo; se não, bem, isso era problema dela.
Eu nunca tinha pensado muito no timing das ocasiões em que testemunhava. Também acreditava que testemunhar é meu trabalho como cristã e algo que devo fazer para receber a graça e as bênçãos de Jesus em minha vida. Obediência à comissão de Jesus para testemunhar era o que importava para mim, não ver resultados.
Depois de terminar a leitura e refletir nesse novo pensamento, fiz uma oração para ter fé e prontidão para encontrar aqueles que estão prontos para ouvir o Evangelho. Orei também para ter mais fé em mim mesma como aquela que transmite as boas novas.
As aulas dos meus filhos tinham começado na semana anterior e, como não podia deixar de ser, a escola me chamou para reunir com um dos professores e acertar o pagamento do material escolar. Pensando no meu plano para o dia, senti que tinha levado uma rasteira, pois não teria tempo para ir ao local para a caminhada. Quando saí da reunião já passava das 17 horas, e restava apenas uma hora antes de escurecer. Pensei em ir caminhar no parque ali perto por uma hora. Não seria tão bom, mas pelo menos estaria ao ar livre, pensei.
Andei uns 300 metros em direção ao parque quando senti que estava indo na direção errada. Então me lembrei de uma pequena trilha pertinho da escola onde eu não ia há seis meses, mais ou menos. Animada por conseguir finalmente fazer minha caminhada, segui nessa nova direção. Próximo à entrada da trilha, vi algo novo e muito bonito: um pequeno riacho fora redirecionado, havia novas áreas de descanso, grandes áreas gramadas e pequenas passarelas por toda parte. Quando eu estava prestes a ir conferir as novas trilhas, senti que deveria fazer a trilha que já conhecia. Chegando à bifurcação, ia seguir em direção à cascata, meu caminho favorito, mas em vez disso fui no caminho contrário. Enquanto caminhava, agradeci a Jesus por me dar este tempo junto à Sua criação e por me conduzir a esta subida.
Depois de uns 20 minutos de subida, cheguei ao primeiro mirante, uma grande rocha com vista para o vale, com espaço para duas pessoas. Lá em cima estava um senhor idoso meditando. Quando passei, ele perguntou se eu costumava subir por ali. Respondi que não, que era a terceira vez que fazia aquele caminho em um ano. Ele então acrescentou: “Faz seis anos que não entro nessa trilha”. Ele então me convidou para irmos juntos admirar a vista. A essa altura, eu sabia que precisava esquecer meu plano de me exercitar e sentar, apreciar a vista e saber mais sobre esse homem sentado na rocha. Em poucos minutos nossa conversa passou para assuntos espirituais, e logo descobri que Eddie era ateu. Não só isso, mas ele nunca sentiu Deus ou qualquer ser superior em nada ou em qualquer momento da sua vida.
Ele disse: “Se Deus existe, onde está a prova disso?”. Por que ele não teve nenhuma experiência espiritual em todos os seus mais de 50 anos? Então ele perguntou: “Quais são os benefícios de ter uma religião?”. Eddie tinha uma mente científica e só acredita em coisas que pode provar nos detalhes. Em resposta, contei minhas experiências com Deus e expliquei que a maior prova da Sua existência era a natureza ao nosso redor.
Nossa conversa continuou. Contei a história do nascimento e morte de Jesus, minha decisão de ser missionária aos 17 anos e os milagres que Jesus fez por mim. Procuramos versículos da Bíblia juntos e então dei a ele a escolha de orar para que Jesus mudasse sua vida e Se manifestasse a ele. Eddie fez a oração de salvação comigo e foi lindamente salvo.
Então ele me disse que nem tinha planejado fazer essa trilha, que estava indo para o outro lado do morro ver a cachoeira, mas algo o fez seguir na outra direção. Fiquei emocionada e contei a Eddie o que eu tinha passado apenas uma hora antes e como eu também não planejara fazer aquela trilha. Concordamos que nosso encontro foi um milagre. Eddie mal podia esperar para contar tudo à esposa. Ele não parava de dizer que tivemos um encontro espiritual milagroso.
Quando estávamos nos despedindo, Eddie disse: “Sabe, se eu tivesse conhecido você cinco anos atrás, não teria dado atenção a nada do que você tinha a dizer; esta é a primeira vez na minha vida que estou aberto a coisas espirituais. Eu era como um hamster na rodinha, mas nos últimos meses senti que precisava fazer mudanças na minha vida. Eu parei para refletir e descobri que dinheiro, fama e sucesso não trazem felicidade. Eu queria algo mais”. Prometemos nos manter contato.
Voltei para casa pensando nas palavras que lera de manhã: “O cristão precisa confiar no Senhor, ter fé e estar disposto a seguir aonde Ele guiar”.
Publicado originalmente em 2009. Adaptado e republicado em março de 2023.
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