Mais Cinco Minutos

Setembro 21, 2020

Virginia Brandt Berg

[Five Minutes Longer]

Hoje vamos falar dos versículos em Hebreus 12:12–13: “Tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado.”

Vocês já ouviram muitas vezes que a oração muda as coisas, mas alguém disse que a oração não mudou as coisas para ela. Disse que tentou várias vezes, mas depois desistiu. Mais tarde eu soube que esta pessoa não deu muito tempo a Deus para responder à sua oração; ela não esperou pela resposta.

Às vezes, o tempo é um fator muito importante para recebermos respostas às nossas orações. Deus leva tempo para fazer um carvalho crescer, ou até mesmo uma rosa, e às vezes Ele demora para responder. Há muitas razões por que a oração não é atendida de imediato.

Eu sei que é difícil de entender, mas um dia entenderemos muitas das leis e princípios da oração e muitas das razões por que não recebemos as respostas que esperávamos. Mas de uma coisa estou certa, muitas vezes nossas orações teriam sido atendidas se tivéssemos esperado um pouco mais, se não tivéssemos desanimado e, portanto, desistido antes de alcançarmos a vitória. Não é que Deus Se recusou a nos atender, mas nós desistimos antes da resposta chegar.

A fé verdadeira é firme e determinada e passa no teste da espera. Há aqueles como Jacó de outrora que dizem: “Não te deixarei ir, se não me abençoares.”[1] Lutam em oração e esquadrinham seus corações para verem se estão satisfazendo as condições de Deus. Eles buscam a Palavra escrita de Deus até sua fé ser fortalecida, esperam e continuam acreditando, não importam os obstáculos, com obstinada determinação que não aceita recusa. Não dão ouvidos ao desânimo e cansaço, mas lutam um pouco mais, aguentam firmes um pouco mais.

É esse “aguentar firme um pouco mais” que faz toda a diferença em como algumas pessoas recebem respostas às orações e outras não. É este espírito de aguentar “um pouco mais”, que luta, independentemente das aparências ou palavras desencorajadoras. Não é que a batalha dessas pessoas seja menos severa do que a de outras, mas elas simplesmente não param de lutar. Simplesmente não desistem, não jogam a toalha.

O Duque de Wellington, que conquistou Napoleão na Batalha de Waterloo, disse a vitória não veio porque os soldados britânicos eram mais corajosos que os franceses, mas eles conseguiram ser corajosos por mais cinco minutos. O fato de aguentarem firmes um pouco mais lhes garantiu a vitória.

Qualquer coisa maravilhosa pode acontecer naquele breve espaço de tempo no qual você não desiste e continua acreditando e orando. Robert Browning disse ao encarar a morte: “Mais uma batalha, a melhor e a última!”

Às vezes só precisamos lutar um pouco mais, e simplesmente aguentar firmes mais cinco minutos. Dr. Frederick Harris descreveu este espírito nas seguintes palavras: “Muitas vezes o fator decisivo em uma competição não é o grande número de concorrentes, mas sim onde e quando paramos de lutar. O vencedor é aquele que lutou cinco minutos mais, que garante a Deus mais uma chance naqueles cinco minutos, em vez de aceitar uma derrota. É uma decisão, uma questão de aguentar firme apesar das aparências e consequências.”

A maior vitória de Cristo, como bem sabem, foi no Getsêmani. A Palavra de Deus diz que naquela situação Ele foi “um pouco mais adiante”.[2] Eu me pergunto se não poderíamos ir um pouco mais adiante e termos um pouco mais de determinação. Quando você jogou a toalha por conta do desânimo? Em que altura você desistiu de esperar a resposta?

A. B. Simpson disse o seguinte sobre o versículo que li para vocês, Hebreus 12:12–13. “Essa é a descrição de uma determinação obstinada que cada pessoa deve ter se quiser ser vitoriosa e bem sucedida. Nós nos desviamos do caminho com muita facilidade; ficamos espiritualmente preguiçosos. Queremos muito algo, mas não o suficiente a ponto de lutarmos em oração desesperada ou buscarmos fervorosa e continuamente a Palavra de Deus.”

O Senhor disse: “E já ninguém há que invoque o teu nome.”[3] Na história contada por Cristo sobre a oração insistente, lembrem-se que foi o esforço constante do homem que fazia o pedido que levou o outro, dentro de casa, a abrir a janela e lhe dar o pão que lhe pedia.[4] E o versículo diz: “Tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado.”

Esta é a palavra de encorajamento de Deus para levantar as mãos da fé e confirmar os joelhos de oração. A sua fé está cansada e relaxada? Suas orações perderam a força e a eficácia?

A figura de linguagem nesta escritura é impressionante, porque nós nos retraímos frente aos obstáculos e somos tentados a contorná-los em vez de enfrentá-los. Escolhemos o caminho mais fácil. Eu não sei o que pode ser no seu caso—algum problema físico, talvez financeiro—mas Deus está disposto a atendê-lo e pronto para curar.

Não contorne a situação. Existem muitas maneiras de se contornar as emergências em vez de orar até que se resolvam. Requer sacrifício, obediência a algo, alguma Jericó a ser conquistada. Talvez seja um problema físico que está curado parcialmente, e você o está contornando em vez de enfrentá-lo efetivamente no que diz respeito à oração e ao Espírito de Deus.

Mas a Palavra de Deus diz: “Tornai a levantar as mãos cansadas.” Meu amigo, caminhe direto pela enchente. As águas irão se dividir, o Mar Vermelho se abrirá, o Jordão se dividirá, e o Senhor o guiará até ao fim. Ele não falha à Sua Palavra. Deus é Deus e Ele é fiel à Sua Palavra.

Ele ainda está no trono, e eu lhe garanto que a oração muda sim as coisas. Amém.

Transcrição de uma transmissão de Meditation Moments, adaptado. Publicado no Âncora em setembro de 2020.


[1] Gênesis 32:26.

[2] Mateus 26:39.

[3] Isaías 64:7.

[4] Lucas 11:5–8.

 

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