Dezembro 4, 2019
Luke, um jovem estudante que morava em uma metrópole industrial na costa da África Ocidental, olhava desanimado pelo vidro rachado da janela. Este ano, com o Natal se aproximando rapidamente, ele esperava visitar seus pais idosos que moravam em uma cidade distante. Fazia mais de dois anos desde a última vez que os vira.
Mas o problema sempre foi o mesmo: dinheiro. Com a crise econômica, trabalho de meio período era tudo o que ele conseguiu encontrar, e seus parcos ganhos mal eram suficientes para sustentá-lo, muito menos pagar pelas tarifas caras de ônibus que aumentavam consideravelmente durante o período de férias.
Ele se afastou da janela e enterrou a cabeça nas mãos, enquanto refletia sobre o que poderia fazer.
Mais tarde naquela noite, foi se encontrar encontrou com um bom amigo e perguntou se ele poderia ajudá-lo com a passagem.
Seu amigo, no entanto, também estava em uma situação financeira apertada e, com o feriado chegando e uma família numerosa para cuidar, ele não tinha quase nada de sobra. “Mas”, continuou, “se você está convencido de que Deus quer que você visite seus pais, ele abrirá um caminho. A Bíblia diz que ‘para Deus nada é impossível’[1]. Ambos estamos curtos de dinheiro, mas Deus nunca tem falta de nada. Sei que Ele pode levá-lo até lá com ou sem dinheiro, e você pode colocá-lO à prova saindo amanhã mesmo.”
“Mas eu não tenho carro”, respondeu Luke.
“Você pode andar”, respondeu o amigo.
“Ir a pé? Não posso andar até tão longe!”
“Eu sei, e Deus também sabe disso. Mas no momento você tem duas opções: ficar em casa amanhã e provavelmente nada acontecerá, ou começar sua viagem e orar para que algo aconteça. Se você sair e tentar, Deus abrirá um caminho para você.”
No dia seguinte, Luke partiu na direção de sua cidade natal. Levava na mochila uma grande pilha de folhetos do evangelho que seu amigo lhe dera na noite anterior. Durante a hora seguinte entregou folhetos a quem encontrasse: transeuntes, pessoas fazendo compras de Natal, vendedores ambulantes e mendigos na rua.
Quando chegou a uma rodoviária lotada, distribuiu panfletos para as filas de passageiros ansiosos, com suas passagens e malas, esperando para entrar nos ônibus com os assentos lotados. Os ônibus estavam tão lotados que ele sabia que, mesmo se tivesse dinheiro para o transporte, não conseguiria um assento. O sentimento de desapontamento que tomou conta dele no dia anterior voltou, mas ele tirou aquilo da cabeça e seguiu caminho.
Chegou a um cruzamento movimentado e, enquanto estava na beira da estrada, esperando para atravessar, o som de um carro se aproximando o trouxe de volta de seus pensamentos. Virou-se e viu um SUV prateado encostar no meio-fio atrás dele.
“Bom dia”, disse o motorista, olhando pela janela. “Eu o vi mais cedo do outro lado da rua na rodoviária enquanto eu abastecia meu carro. Percebi pela sua mochila que está viajando, mas você não embarcou em nenhum ônibus. Quando o vi agora, decidi parar. Para onde está indo?”
Luke lhe disse o seu destino e, timidamente, acrescentou que não tinha dinheiro para a passagem do ônibus.
O motorista exclamou: “Minha família mora lá também! Na verdade, estou indo visitá-los durante o feriado. Você pode vir comigo.”
E assim, Luke, mais que feliz encontrou seu meio de transporte. Ao sentar-se no banco do passageiro, lembrou-se da letra de uma canção que ouvira certa vez:
Sei que o Senhor abrirá um caminho para mim.
Sei que o Senhor abrirá um caminho para mim.
Se eu confiar, sem duvidar.
Com certeza me ajudará.
Sei que o Senhor abrirá um caminho para mim.
E quando ouvi o pastor contar esta história da vida de Luke, eu sabia que o Senhor abriria um caminho para mim também.
[1] Lucas 1:37.
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