Todos os Caminhos Levam a Deus?

Janeiro 29, 2019

Compilação

[Do All Paths Lead to God?]

Hoje em dia existe um pensamento muito comum de que “todos os caminhos levam a Deus”. Se por um lado é louvável respeitar a fé de outros, por outro, a Bíblia ensina que a única maneira de se reconciliar com Deus é segundo os Seus termos…

Jesus Cristo Se proclama o único caminho para a salvação eterna. Ele declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”.[1]

É claro que, se realmente existe um Deus, então devemos ir a Ele pelo caminho que nos indicou! E de acordo com o Deus da Bíblia, esse caminho é a fé em Jesus Cristo. As religiões são fundamentadas em diferentes sistemas de obras, o cristianismo, porém, é fundamentado em Jesus e no que Ele fez por nós.

Portanto ... não pode ser verdade que “todos os caminhos levam a Deus”. Os diversos ensinamentos sobre Deus em diferentes religiões se contradizem em questões críticas. Deus não pode ser impessoal e também pessoal, singular e trino, finito e infinito, conhecido e incognoscível.

Não existe maneira de conciliar as diferentes visões existentes no mundo, tais como panteísmo, monoteísmo e politeísmo. Sendo assim, logicamente, ou nem uma delas, ou apenas uma, é a verdadeira! A real questão é a Verdade, um assunto infinitamente importante.—From crossway.org[2]

Pluralismo religioso

O pluralismo religioso que me faz parar para pensar não é a diversidade de crenças religiosas em uma cultura — um  pluralismo de visões — e o nosso dever de conviver em harmonia com aqueles que não compartilham nossas convicções. Para mim isso é óbvio.

O pluralismo que me preocupa [são os seguintes pontos de vista]: Que, de maneira geral, todas as religiões, intrinsicamente, são caminhos legítimos que levam a Deus. Por alguma razão, Deus designou diferentes caminhos para diversos povos e diferentes culturas. Por isso, ninguém tem o direito de dizer que a sua religião é melhor do que a de outra pessoa. Alguns dizem que Deus é maior do que as nossas limitadas categorias teológicas (ou, de acordo com a lógica das mensagens em adesivos de carro: “Deus é grande demais para caber em uma religião”.). Cristo é o caminho para os cristãos, mas outros têm caminhos legítimos e próprios…

Cristãos rejeitam o pluralismo em parte porque elementos que definem certas religiões se contradizem. O judaísmo ensina que Jesus não é o Messias. O cristianismo ensina que Ele é. Ou Jesus é o Messias ou não é. Ambas visões não podem estar certas.

A noção de que o cristianismo e o judaísmo são igualmente corretos é uma contradição, seria como falar de um círculo quadrado. Existem muitos outros exemplos. O que acontece quando morremos? Algumas religiões falam do Céu e do Inferno; outras ensinam a reencarnação; e ainda outras dizem que não existe uma vida consciente após esta, apenas o túmulo.

Quando nos desvencilhamos desta espiral mortal, talvez iremos para o Céu, talvez para o Inferno, ou talvez venhamos a reencarnar, ou desvanecer. Mas não é possível que tudo isso aconteça ao mesmo tempo. Alguém está errado. É possível que todas essas opções sejam falsas, mas não podem ser todas verdadeiras.

Nenhuma descoberta futura vai retificar as contradições básicas entre as religiões. Pelo contrário, a exploração dessas questões apenas as complica. Quanto mais descobrimos sobre as crenças básicas de diferentes fés, mais complexo se torna tentar harmonizá-las.

Usar a onipresença de um conceito como a “regra de ouro” não ajuda, pois ela é um guia moral que não explica quase nada sobre a visão fundamental de qualquer religião sobre o formato do mundo. Profundas contradições entre crenças fundamentais não deixam de existir por meio de provérbios morais compartilhados entre religiões. Alegações contraditórias não podem ser verdadeiras simultaneamente. O pluralismo religioso se auto destrói.

Imagino que alguém diria que, da perspectiva de Deus, os detalhes não importam, que Ele Se agrada com qualquer empenho religioso que seja sincero. Mas como comprovar isso? Essa declaração é um artigo de fé, um elemento de esperança que vai contra os ensinamentos de muitas religiões, principalmente do cristianismo.

Qualquer cristão bem informado consegue perceber o desafio que o pluralismo religioso apresenta para a Grande Missão, para a autoridade das Sagradas Escrituras, para a singularidade de Cristo, etc. Claramente, os que amam Jesus e entendem o ensinamento do Novo Testamento sobre a Cruz — e também aqueles que interpretam literalmente o primeiro dos Dez Mandamentos — não aceitarão o pluralismo, por mais politicamente incorreto que seja posicionar-se contra ele.—Greg Koukl[3]

Por que o nome de Jesus?

A Bíblia não só define que “Deus é um espírito”, mas também que “Deus é amor”.[4] Deus é o Espírito de amor, o Grande Espírito, o Criador. E qual a Sua característica, como é Deus? Ele é amor. O que Ele fez para provar que é amor e que nos ama? “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”.[5] Deus deu o “seu filho unigênito”, Jesus. Separou-Se dEle e permitiu que sofresse uma morte cruel e horrível por amor a nós. “Foi assim que Deus mostrou o seu amor por nós: Ele mandou o seu único filho ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele”.[6] Jesus é a manifestação do amor de Deus.

Algumas pessoas perguntam: “Por que não deixa Jesus fora disso? Por que usar esse nome? Por que Ele sempre tem que ser o símbolo? Por que não pode simplesmente dizer Deus e falar apenas de Deus? Seria muito mais fácil aceitar se não insistissem em usar o nome de Jesus”.

Se Ele realmente foi o filho de Deus por meio do qual Ele escolheu Se revelar ao mundo e mostrar Seu amor, então foi o próprio Deus que insistiu nisso. “Se Me ama, ame o Meu Filho”. Essas são as condições de Deus, não as minhas. “Pois quem rejeita o filho rejeita também o Pai”.[7] Deus insistiu que reconhecêssemos e amássemos o Seu filho. O próprio Jesus disse, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.[8]

Jesus abriu o caminho. Ele é o caminho “E em nenhum outro há salvação; porque também debaixo do Céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.[9] Existe apenas “um mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus”.[10]  E, “ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho unigênito, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus”. [11]

Ser humano algum pode abordar Deus diretamente. O contato deve ser por intermédio de Jesus, que disse, “Eu e o Pai somos um”.[12] Antes de Jesus vir à terra, Ele e o Pai viviam juntos em comunhão no Céu, mas Ele teve que renunciar a isso durante o período que passou na terra. Pouco antes de ser crucificado, Jesus orou, “E agora, glorifica-me, ó Pai, consigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti antes que houvesse mundo”.[13] Sabemos também que “No princípio era o Verbo (Jesus), e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. ...E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito cheio de graça e verdade”.[14]

Jesus renunciou à Sua cidadania no Céu, “e, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”.[15] Ele Se adaptou à forma e aos costumes humanos para nos entender e amar melhor, para se comunicar conosco no nosso grau mais simples de entendimento. Em certo sentido, Ele Se tornou cidadão do mundo, membro da comunidade humana, um homem de carne e osso semelhante a nós para poder nos dar o amor de Deus, provar Sua compaixão e interesse por nós, e nos transmitir a Sua mensagem em termos simples que pudéssemos entender.

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra”.[16] David Brandt Berg

Publicado no Âncora em janeiro de 2019.


[1] João 14:6.

[2] https://www.crossway.org/tracts/do-all-roads-lead-to-god-ats-4399.

[3] Greg Koukl, The Ambassador’s Guide to Pluralism (Stand to Reason, 2010).

[4] 1 João 4:8.

[5] João 3:16.

[6] 1 João 4:9.

[7] 1 João 2:23.

[8] João 14:6.

[9] Atos 4:12.

[10] 1 Timóteo 2:5.

[11] João 1:18.

[12] João 10:30.

[13] João 17:5.

[14] João 1:1,14.

[15] 2 Coríntios 8:9.

[16] Filipenses 2:5–10.

 

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