Dezembro 11, 2018
A velha canção de Natal diz: “É a época mais maravilhosa do ano”. E para o cristão, isto deveria ser verdade. No entanto, o Natal para muitos é uma época à qual apenas sobrevivem. … O Natal foi sequestrado por cínicos, explorado pelos capitalistas e pisoteado pelos consumistas. A alegria do Natal tem sofrido um ataque devastador. As filas para o caixa das lojas não têm fim; nós rosnamos e choramingamos quando apenas um dos dez caixas está aberto. Não há caridade no estacionamento do shopping; caçamos uma vaga no estacionamento como lobos. (…) Exaustos com cantorias, festas, compras, banquetes, famílias e viagens, chegamos à manjedoura de Belém prostrados de tanta atividade. Na véspera de Natal levantamos nossas vozes cansadas para cantar: “Alegria para o mundo, o Senhor nasceu”. E então, saímos correndo do culto para comprar um último presente ou participar da última festa.
Tudo acaba tão rápido! Guardamos os laçarotes, descartamos os papéis de embrulho, desmontamos a árvore e trabalhamos nas nossas resoluções de Ano Novo. Muitas vezes perdemos o sentido das coisas. Somos como o homem que vai para a praia mas nunca vê o oceano. A ameaça de sermos sequestrados nessa época é muito real. A menos que engajemos nossos corações em uma verdadeira celebração da alegria do Natal, somos facilmente apanhados em meio a um feriado sem sentido e insano. Quando perdemos de vista o significado do Natal, toda essa época perde grandemente o seu valor. …
O Natal deve nos unir para contar a maior história do mundo mais uma vez e compartilhar a verdadeira comunhão. Jesus falou de uma mulher que perdeu uma moeda valiosa. Ela procurou por toda a sua casa até encontrá-la, e ao reaver aquela moeda preciosa, ela chamou todos os vizinhos e amigos para que pudessem se alegrar juntos. A inferência é óbvia. A boa notícia é razão para reunir as pessoas próximas e distantes para celebrar. …
A menos que reinvistamos no Natal, com sua gloriosa mensagem e significado, as festas passarão como um festival pagão. A menos que realmente celebremos a Cristo, a maior história já contada será perdida em meio aos sinos, laçarotes e bugigangas. Faça desta época dias santos. Acrescente mais um assento ou dois à sua mesa. Livre-se de qualquer rancor ou sentimento ruim ao qual se prendia. Cante as canções no topo da sua voz. Conte a história de Cristo com ações de graças e admiração. Embrulhe todos os presentes com amor. Você é a razão pela qual Jesus veio. Ninguém tem mais motivos para comemorar do que você.—David B. Crabtree
Se o Natal é o aniversário de Jesus, por que não damos presentes para Ele, em vez de um ao outro? E se é o aniversário dele, em vez de cantar músicas como “Anoiteceu” e “Jingle Bells”, por que não cantamos “Parabéns pra Você, querido Jesus”?
Certa vez, quando eu era diretor do grupo de jovens da nossa igreja e tivemos um programa de Natal, todos deveriam levar um presente. Sortearam nomes e você tinha que levar um presente para a pessoa que tirou, e não devia gastar mais do que 25 centavos no presente. Eu era adolescente e, como diretor dos jovens da época, estava tentando ensinar-lhes a serem espirituais e amarem o Senhor. Eles estavam tendo esta celebração que tinha pouco a ver com Jesus, e no Seu aniversário!
Então, no auge da festa, eu cantei bem alto “Parabéns para Você! Parabéns, querido Jesus, parabéns para você!” E consegui dar a mensagem! Estávamos celebrando o Natal, o aniversário dEle, sem presentes para Jesus, sem cânticos para Jesus.
Eu costumava condenar a comercialização do Natal e os milhões de dólares que as pessoas gastam todo Natal, e todas as celebrações, árvores e decorações. No entanto, é o Natal que estão celebrando, e são quase compelidos, pelo menos uma vez por ano, a lembrar de Jesus. Então, cheguei ao ponto em que estou feliz de ver o mundo celebrar o Natal e me tornei mais tolerante com as árvores de Natal.
Eu ainda não acredito que 25 de dezembro seja necessariamente o dia exato em que Jesus nasceu, mas contanto que o mundo celebre Jesus, e não faz diferença em que dia celebram, desde que estejam celebrando a Jesus, e se dar presentes uns aos outros e fazer as crianças pequenas felizes no Natal incentiva-os a lembrar de Jesus uma vez por ano, especialmente se não se esquecem de dizer-lhes do que se trata.
Isso é uma coisa boa sobre os países católicos—eles nunca deixam você esquecer o que é o Natal. Eles têm presépios e os exibem nas janelas e os colocam embaixo da árvore e cantam músicas natalinas, e não dá pra esquecer que o Natal é sobre Jesus!
Então, você comemora o Natal? Com Papai Noel e presentes caros, uma rena de focinho vermelho e sinos de trenó? Ou com Jesus e um “Parabéns pra você, querido Jesus” e presentes para Ele?—David Brandt Berg
Então, o que é a alegria do Natal? Se quisermos acreditar no fluxo interminável de comerciais de televisão, ele começa com um carro novinho em folha envolto em um laço e uma fita vermelho vivo. Mas não é isso, diz o Papa Francisco.
“O consumismo que leva todos a ficarem ansiosos em 24 de dezembro porque, 'Ai, eu não tenho isto, eu preciso daquilo—não é a alegria de Deus”, disse ele aos fieis na missa em Roma, informou o Serviço de Notícias Católico. A alegria cristã, segundo o Papa Francisco, “vem da oração e de dar graças a Deus”.
Ao nos aproximarmos da celebração do nascimento de Cristo, lembremo-nos dos três reis magos, que vieram de longe trazendo seus presentes. Em certo sentido, eles foram os primeiros a darem presentes no Natal. Eles servem como modelos da generosidade no coração humano. Seu exemplo de compartilhar a riqueza com uma família pobre e sem moradia nos oferece orientação.
Como os Reis Magos, temos três dons para oferecer, basta olharmos para dentro para encontrá-los. Nossos dons são mais valiosos do que o ouro, porque eles vêm de dentro, inspirados pela Palavra feita carne.
Os presentes que mais podemos dar hoje em dia são valiosíssimos, mas não têm preço: respeito, gentileza e tempo.
Há outras coisas boas que podemos compartilhar, mas oferecer nosso respeito, tratar os outros com gentileza e dar do nosso tempo são bons pontos nos quais começar. Eles podem ser a nossa versão moderna dos três presentes ofertados pelos Reis Magos ao nosso Senhor em Belém. E também podem nos trazer a alegria do Natal descrita pelo Papa Francisco. Encontre uma oportunidade para compartilhar essas dádivas e saiba que, ao fazê-lo, Cristo estará presento no seu Natal.—Sam Lucero[1]
Publicado no Âncora em dezembro de 2018.
Copyright © 2024 The Family International