Setembro 18, 2018
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.”—Mateus 6:19–21[1]
Só Deus sabe por que tantas das maiores preciosidades do mundo estão em lugares de tão difícil acesso. Se esses esconderijos foram escolhidos para pôr nossa força de vontade à prova, para ver até onde estamos dispostos a ir e quanto estamos dispostos a pagar, funcionou.
Quer seja perfurando poços de petróleo no Oriente Médio, ou no Ártico, ou aprofundando-se nas frias e escuras minas subterrâneas de ouro, diamante ou outros metais e pedras preciosas, os mais determinados desafiam condições inóspitas, arriscando a própria vida, e tudo o que têm para achar um veio e enriquecer.
Mas será que vale a pena, até mesmo para os poucos felizardos que encontram o que buscam? Quanto tempo será que essas riquezas vão durar, e quanta felicidade verdadeira eles vivenciarão nesse ínterim? Se pararmos para analisar, veremos que esses triunfos são na verdade tragédias, se essas pessoas só têm isso na vida.
Por outro lado, é maravilhoso ver que Deus colocou ao alcance de todos o que existe de mais valioso, capaz de verdadeiramente satisfazer e durar pela eternidade. Estou falando do Seu amor, é claro. A Bíblia nos diz que “Deus é amor” (1 João 4:8). Ele é o amor, o manancial de onde o amor flui em todas as suas formas maravilhosas. Por que desperdiçar tempo procurando em outros lugares quando pode ir direto à fonte e encontrar o amor com o qual sempre sonhou... e mais? Há uma imensidão de amor à sua espera, e a apenas uma oração de distância.—Keith Phillips
Os cristãos têm tantas riquezas verdadeiras das quais desfrutar que é triste quando muitos tentam acumular as riquezas incertas deste mundo. “Não acumulem para vocês tesouros na terra,” disse Jesus.[2]
Por exemplo, Paulo fala das “riquezas da sua bondade, tolerância e paciência,”[3] que levou o Senhor a nos dar nossa salvação eterna. Para os que foram salvos, ele escreve “as riquezas de sua glória aos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória.”[4] Depois, contemplando o grande plano de Deus tanto para judeus como para gentios, ele exclama, “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus!”[5] Nele, na verdade, estão “escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.”[6]
Quando ele escreveu aos cristãos efésios, Paulo os lembra de Cristo que os remiu através do Seu sangue e perdoou seus pecados “de acordo com as riquezas da graça de Deus,” na esperança de que compreendessem “as riquezas da gloriosa herança dele nos santos.” Ele lhes disse que “Deus que é rico em misericórdia” os tinha salvo para “mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.”[7]
Por fim, resumindo todas essas riquezas verdadeiras—misericórdia, glória, graça, bondade, sabedoria, conhecimento—Paulo falou das “insondáveis riquezas de Cristo.”[8] “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.”[9]—Henry M. Morris
Em Lucas 16:13, Jesus deixa claro que não podemos servir a Deus e a Mamom. Ele diz, “Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará ao outro.” Mas quando voltamos ao versículo 9, Jesus diz algo muito importante: “Por isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.” [10] Em outras palavras, deveríamos usar nossas possessões terrenas para beneficiarmos os outros, para ao morrermos e deixarmos nossas possessões para trás, sermos bem recebido no céu por aqueles a quem ajudamos.
Somos instruídos a usar nosso dinheiro para o que é eterno. E o que é eterno em nossas vidas? As pessoas! A única coisa duradoura com a qual nos deparamos cada dia é as pessoas. A alma humana é eterna. …
Não é o quanto temos que importa—mas sim de quem é. Todo o dinheiro que temos é do Senhor, não nosso. Jesus nos diz que precisamos ser fieis com o que é de outro porque “E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?”[11] Quando obedecemos as palavras de Jesus em Lucas 16, estamos dando condições a Deus de sermos confiados com mais, e ainda mais importante do que isto, estaremos verdadeiramente depositando nossos tesouros no céu.—Robert Morris
Conhecer a Deus através de Cristo e Seu trabalho de redenção é ser verdadeiramente rico.
As Escrituras têm muito a dizer sobre as infinitas riquezas de Deus. Elas nos falam de “as riquezas da Sua glória,”[12] “da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus,”[13] “as riquezas da Sua bondade, tolerância e paciência,”[14] e “as riquezas da graça de Deus.”[15] Deus quer que desfrutemos dessas riquezas através da fé em Cristo, que morreu para os nossos pecados.
“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.”[16]
Devemos nos regozijar continuamente por Deus, além de rico em sabedoria, conhecimento, glória e poder, também ser também “rico em misericórdia”[17] e que “Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”[18]
Para São Paulo, o pior dos pecadores, salvo pela graça, Deus revelou as maiores riquezas de todas. Paulo diz: “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.”[19] Essas riquezas incluem, entre outras coisas, “toda a riqueza do pleno entendimento.”[20] Como é maravilhoso ter uma compreensão inteligente do plano de Deus para a salvação e de todos os propósitos do Seu coração de amor por aqueles que aceitam a salvação que Ele nos deu através de Seu amado Filho!
Verdadeiras riquezas não compostas de coisas material. A Escritura chama a isso de “incerteza das riquezas” e nos admoesta a não confiarmos nelas.[21] Verdadeiras riquezas é “conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento,” e depois sermos “cheios de toda a plenitude de Deus.”[22]—Cornelius R. Stam
Publicado no Âncora em setembro de 2018.
[1] NVI.
[2] Mateus 6:19, NVI.
[3] Romanos 2:4, NVI.
[4] Romanos 9:23, NVI.
[5] Romanos 11:33, NVI.
[6] Colossenses 2:3, NVI.
[7] Efésios 1:7, 18; 2:4, 7, NVI.
[8] Efésios 3:8, NVI.
[9] 1 Coríntios 2:9.
[10] NVI.
[11] Lucas 16:12.
[12] Romanos 9:23; Efésios 3:16.
[13] Romanos 11:33, NVI.
[14] Romanos 2:4, NVI.
[15] Efésios 1:7; 2:7, NVI.
[16] 2 Coríntios 8:9, NVI.
[17] Efésios 2:4.
[18] Romanos 10:12–13.
[19] Efésios 3:8.
[20] Colossenses 2:2, NVI.
[21] I Timóteo 6:17.
[22] Efésios 3:19.
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