Setembro 11, 2018
Você talvez pense que ninguém sabe pelo que está passando, que ninguém sente a sua dor... Mas Deus sabe!
Ele conhece seus sentimentos e frustrações. Ele viu a crise na sua alma. Não há mágoa que passe sem ser notada por Deus. Salmo 56:8 diz: “Registra, tu mesmo, o meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre.”[1]
Muitas vezes, quando estamos sofrendo, nos sentimos muito isolados e solitários. Talvez tenha havido uma morte na família, um divórcio, talvez tenhamos sido demitidos e começamos a pensar: “Ninguém entende como me sinto; ninguém sabe o que sinto; ninguém sente a minha dor.”
Mas Deus sabe, e “O Senhor sente um amor bondoso e uma compreensão especial por quem O respeita e obedece. Ele é como um pai, que ama e compreende seus filhos.”[2]
Deus não apenas vê, Ele se importa!
Ele conhece as causas, as razões, as coisas que te levaram até este ponto. Ele entende porque ele criou você, e vê a dor em seu coração como ninguém mais pode ver.
E como Deus conhece nossas frustrações e desespero, podemos entregar esses sentimentos a ele: “Deixem com Ele todas as suas preocupações e cuidados, pois Ele está sempre pensando em vocês e vigiando tudo o que se relaciona com vocês.”[3] Lance tudo permanentemente sobre Deus, de uma vez por todas, e depois, não volte a pegá-los.—Rick Warren
Das muitas mensagens que Jesus nos ensinou … sobre estresse, a primeira é a seguinte: “Deus sabe como você se sente.”
Leia a tradução de J. B. Phillips de Hebreus 4:15:
Pois não temos um sumo sacerdote sobre-humano, para quem nossas fraquezas são ininteligíveis — ele mesmo compartilhou plenamente toda a nossa experiência de tentação, exceto que ele nunca pecou.
O escritor de Hebreus é taxativo e quase redundante. É como se antevisse nossas objeções. É como se soubesse que diríamos a Deus o que o filho de meu amigo Lhe disse: “Deus, é fácil para você aí em cima. Você não sabe como é difícil aqui em baixo.” De modo que ele corajosamente proclama a capacidade de Jesus de entender. Olhe o texto novamente.
Ele mesmo. Não um anjo. Não um embaixador. Não um emissário, mas o próprio Jesus.
Compartilhou plenamente. Não parcialmente. Não quase. Não até um alto grau. Inteiramente! Jesus partilhou de tudo plenamente.
Toda a nossa experiência. Cada mágoa. Cada dor. Todos os estresses e todas as dificuldades. Sem exceções. Sem substitutos. Por quê? Para que pudesse simpatizar com as nossas fraquezas.
Um político veste um capacete de segurança e entra na fábrica como se fosse um dos empregados. Uma assistente social vai para o centro da cidade e passa a noite nas ruas com os sem-teto. Um general entra no refeitório e senta-se com os soldados como se fosse um dos homens alistados.
Os três querem comunicar a mesma mensagem: “Eu me identifico com você. Eu entendo. Eu compreendo.” Há um problema, no entanto. Os funcionários da fábrica sabem que o capacete do político será retirado quando a equipe da televisão for embora. Os desamparados sabem que a assistente social estará em uma cama quentinha na noite seguinte. E os soldados estão bem cientes de que para cada refeição que o general come no refeitório, ele comerá dezenas de refeições no refeitório dos oficiais.
Por mais que tentem, esses profissionais bem-intencionados realmente não entendem. Sua participação é parcial. A participação de Jesus, no entanto, foi completa.
Cada página dos Evangelhos martela esse princípio crucial: Deus sabe como você se sente. Desde o funeral à fábrica, até à frustração de um cronograma exigente. Jesus entende. Quando você diz a Deus que chegou ao seu limite, ele sabe o que você quer dizer. Quando balança a cabeça frente a prazos impossíveis, ele também sacode a dele. Quando seus planos são interrompidos por pessoas que têm outros planos, ele concorda com empatia. Ele passou por isto. Sabe como você se sente.
Ele voluntariamente se tornou um de nós. Ele se colocou em nossa posição. Ele sofreu nossas dores e sentiu nossos medos. Rejeição? Ele sentiu isso. Tentação? Ele conheceu isso. Solidão? Ele vivenciou isso. Morte? Ele a provou. E estresse? Ele poderia escrever um best-seller sobre o assunto.
Por que ele fez isso? Por uma razão. Para que quando você sentir-se magoado ou ferido, vá até ele—seu Pai e Médico—e permita-Lhe curá-lo.—Max Lucado[4]
Na realidade, quando alguém está sofrendo, não sabemos pelo que a pessoa está passando. Mesmo que tenhamos vivenciado circunstâncias semelhantes, não processamos o mundo da mesma maneira e não temos o mesmo histórico pessoal, composição biológica ou sistema de suporte. Quando alguém está passando pelo moedor de carne, só temos conhecimento de uma pequena parte do que a pessoa realmente está passando.
Nossa capacidade limitada de conhecer o sofrimento alheio é o que faz com que 2 Coríntios 7:6 seja tão precioso. Diz, “Mas Deus, que consola os abatidos …”
Jesus nos conhece plenamente. Ele conhece nossos pontos fortes e fracos, nosso histórico familiar, nossa composição biológica, nosso ponto de vista do mundo. Ele conhece todos os nossos detalhes. Ele nos conhece melhor do que nós mesmos; e também conhece o sofrimento em um nível intenso e pessoal. O conhecimento que Jesus tem de sofrimento não é um conhecimento abstrato, uma torre de marfim ou conhecimento em teoria. Jesus era um homem de dores. Ele foi ridicularizado, traído e humilhado. Quando estava pregado na cruz, foi afastado do Pai. Jesus conheceu uma tristeza excruciante, avassaladora e esmagadora.
A combinação da onisciência e experiência pessoal de Jesus e sofrimento profundo O equipa perfeitamente a nos consolar em nosso próprio sofrimento. Ele realmente sabe pelo que passamos, e está pronto para nos consolar quando estamos abatidos. Ele não nos deixa confusos e passando pelo sofrimento sozinhos. Ele não nos diz para aguentar o rojão, ser forte e enfrentar. Ele vai ao nosso encontro quando estamos abatidos e derrama sua graça em nós.
O sofrimento nos tenta a nos afastarmos de Deus quando, na realidade, devemos nos agarrar a Deus. Você está abatido? Está sofrendo? Sente-se como se o tivessem mastigado e cuspido? Você se sente como manteiga espalhada em uma quantidade demasiada de pães? Chegue-se ao Deus que consola os abatidos. Aproxime-se do Deus que o conhece exatamente como é, e sabe exatamente do que você precisa. Chegue-se a Ele na sua fraqueza e desânimo, quando está a ponto de desistir.
Deus tem um lugar especial em Seu coração para os abatidos. Vá em direção a esse lugar.—Stephen Altrogge[5]
O amor de Deus por você é incondicional. Não importa quão fraco ou desanimado você se sinta agora, ou desapontado consigo mesmo ou com os outros, Ele o ama. Seu grande, perfeito e maravilhoso amor é incondicional e não diminui, não importam as circunstâncias ou condições. Ele continua derramando sem medida e sem limite. Seu amor é tão lindo!
Seu amor está sempre presente para nós e é derramado em plena medida. Ele jorra em abundância! E podemos experimentar esse amor; podemos manifestá-lo em nossas vidas, enquanto fazemos a nossa parte para abrirmos caminho, um meio para o Seu amor fluir. Fazemos isso ficando perto dEle, vivendo em Sua Palavra e O amando.—Maria Fontaine
Publicado originalmente no Âncora em setembro de 2018.
[1] NVI.
[2] Salmo 103:13 BLH.
[3] 1 Pedro 5:7 BLH.
[4] Max Lucado, In the Eye of the Storm (Thomas Nelson, 2011).
[5] https://www.biblestudytools.com/blogs/stephen-altrogge/the-god-who-actually-does-know-what-you-re-going-through.html.
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