Tornar-se um para Salvar Alguns

Agosto 28, 2018

Compilação

[Becoming One to Save Some]

Quando Paulo disse que se fizera tudo para com todos de modo a salvar alguns[1], ele estabeleceu um padrão para um trabalho missionário bem-sucedido. O Senhor usou Paulo em diversas ocasiões para se dirigir a magistrados, governantes e pessoas influentes em todas as regiões que visitou no seu trabalho. Ele também sabia falar com as pessoas simples, e ganhou muitos discípulos nesse meio. Pelo fato de se tornar um com o povo nos diferentes lugares onde trabalhou e testemunhou, Paulo conseguiu estabelecer grupos de crentes e ministrar a gente influente que, por sua vez, o ajudou a divulgar ainda mais a mensagem.

Para realmente nos tornarmos todas as coisas para com todos os homens, precisamos adequar nossa apresentação às pessoas que queremos alcançar. É claro que, quando está lidando com jovens radicais, é bom se apresentar de uma maneira que lhes agrade e faça com que seja mais fácil se engajarem com a mensagem do evangelho. Mas quando está lidando com profissionais ou acadêmicos provavelmente vai precisar adequar sua abordagem, encontrar um terreno comum com eles e engajá-los com seu testemunho.

Um aspecto importante bastante relacionado a tornar-se um é entender e estar atinado à cultura local. Isso significa estar consciente da mentalidade do povo e respeitá-la, bem como à sua história, costumes, tradições, feriados nacionais e expectativas culturais. É também importante ter conhecimento das principais religiões e sistema político, pois assim poderá entender melhor porque as pessoas agem de certa maneira e assim poder ser uma testemunha mais eficaz, além de evitar ser ofensivo por mera ignorância.

É aconselhável estar a par das notícias e eventos importantes que acontecem onde você mora, para que suas palavras e testemunho leve em consideração questões significativas para o seu país. Ignorar os costumes e padrões locais pode alienar e ofender os outros desnecessariamente. Compreender a cultura local e os fatos históricos, geográficos, sociais e políticos com relação ao país onde você mora pode habilitá-lo a interagir com as pessoas e entender as questões que importam para elas, e isso será visto como um sinal de respeito pela sua cultura.

O Senhor espera que façamos a nossa parte para sermos sensíveis à cultura e podermos nos relacionar melhor com as pessoas a quem Ele nos enviou a ministrar, nos tornarmos um com elas para podermos, por quaisquer meios possíveis, ganharmos algumas. Um esforço genuíno para se identificar com a cultura local e se tornar um com o povo provou tem provado ser vital para missionários alcançarem êxito no seu trabalho. A questão é que as pessoas vão observá-lo bem de perto e ver se você faz o que prega. Estar ciente das expectativas com relação às boas maneiras e etiqueta, conversas, e normas sociais é interpretado, em qualquer país, como respeito e deferência, que pode abrir portas para engajar as pessoas com o evangelho.—Peter Amsterdam

Cultivando consciência cultural

Tornar-se um é uma das maneiras mais eficazes de mostrar às pessoas no mundo que você se importa com elas e que, na verdade, Eu as amo e Me preocupo com elas. Tornar-se um significa estar disposto a fazer o que preciso que faça para poder ganhar os perdidos para Mim. Isso geralmente se traduz em conhecer a cultura e a expectativa das pessoas, e encontrar maneiras de relacionar-se com as pessoas que sejam significativas para elas pessoalmente. Significa adaptar sua abordagem às necessidades da pessoa que você está tentando alcançar.

A melhor maneira de se tornar um é Me pedindo para ter o Meu amor pelas pessoas às quais está tentando ministrar, e depois adaptar sua abordagem para alcança-las de maneira mais eficaz. A sua meta é fazer com que seja mais fácil elas receberem a mensagem, o que muitas vezes significa adaptar a sua apresentação e adotar alguns costumes sociais locais para não dar a impressão de ser um “estrangeiro” ou alguém que não se identifica com elas. É manifestar o Meu amor por outros ao “fazer-se tudo para com todos, a fim de ganhar alguns.”

Quando estiver decidindo quanto à abordagem que deveria adotar ao testemunhar, pense no que Eu faria. O que Eu faria na sua situação? Dedicaria um tempo para aprender as coisas mínimas que são importantes para as pessoas a quem quero alcançar. Teria interesse sincero não só pela pessoa, mas pelos fatores que fizeram dela o que ela é, como, por exemplo, sua criação, cultura, história e crenças. Eu iria querer saber o que é importante e significativo para a pessoa, e estaria disposto a fazer qualquer coisa para descobrir isso.

Eu posso lhes dar sabedoria, amor, entendimento e até o desejo de estar mais a par da cultura local e de entender os outros. Posso ajudá-lo a saber o que é importante para eles e que passos na prática pode dar para mostrar que se interessa sinceramente por eles. Eu o ajudarei a ver além de diferenças e dentro do coração da pessoa.

Estar disposto a se adaptar para se tornar um com aqueles a quem foi incumbido de alcançar é uma maneira importante de ser um exemplo vivo do seu amor pelos perdidos.—Jesus, falando em profecia

Encontrando pontos em comum

“Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.”—1 Coríntios 9:22[2]

Jesus não se preocupou quando foi acusado de ser amigo de pecadores[3] porque Ele estava fazendo exatamente o que o Pai o havia enviado para fazer: persuadir homens e mulheres a fazerem as pazes com Deus.[4] Da mesma forma, devemos ser representantes de Jesus e falar em Seu nome para aqueles que estão “de fora”. Contudo, alguns de nós estamos tão isolados e somos tão desconectados dos incrédulos que raramente temos conversas com sentido com eles. ...

As ações de Jesus sugerem que nosso testemunho para os incrédulos comece com amizade. Adquirimos o direto de compartilhar o Evangelho ao longo do nosso relacionamento quando demonstramos que nos importamos com a pessoa, não apenas para acrescentar às estatísticas de batismo. O apóstolo Paulo nos encoraja a encontrarmos um ponto em comum com os incrédulos. Encontrar um ponto em comum é um ato de amizade que nos leva a buscar o positivo em vez do negativo naqueles que se encontram fora da fé.

Quando Jesus encontrou a mulher no poço, Ele salientou o que ambos tinham em comum em vez de das coisas que poderia devidamente condenar.[5] Como resultado, ela não apenas se tornou amiga de Deus, mas levou seus amigos e família à presença de Jesus.—Jon Walker

Buscando um ponto em comum com os céticos

Ao se comunicar com os céticos, comece concordando no que puder. Você terá que ouvir muito mais. Denomino essa abordagem de “Apologética de Defesa”. Você se aproxima da pessoa como defensor e não como adversário. Acredita em algumas das mesmas coisas que ela. Expressar concordância pode penetrar barreiras emocionais e comunicar que você está do lado dessa pessoa e não contra ela. Isso pode fazer com que esteja mais disposta a considerar coisas nas quais discordam.

Não comprometa a verdade bíblica, mas concorde no início começo no que você puder. Paulo usou essa abordagem. Ele escreveu: “Me tornei servo de todos, a fim de poder ganhá-los para Cristo. Quando estou com os judeus, pareço-me um deles, para que eles escutem o Evangelho e eu possa ganhá-los para Cristo. Quando estou entre os gentios ... não discuto com eles, embora não concorde, porque desejo ajudá-los. ... Sim, qualquer que seja o tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que me permita falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isso para levar o Evangelho….”[6]

Aqui está uma experiência: na próxima vez que encontrar alguém que seja diferente de você, respire fundo. Ore. Peça a Deus para ajudá-lo a identificar três pontos em comum. Não consegue encontrar três? E um? Discuta isso primeiro. Torne-se um defensor da pessoa. Talvez você lubrifique algumas engrenagens emocionais e intelectuais e cutuque alguém na direção do Senhor.—Rusty Wright[7]

Publicado no Âncora em agosto de 2018.


[1] 1 Coríntios 9:22.

[2] Bíblia Viva.

[3] Lucas 19:7.

[4] 2 Coríntios 5:20.

[5] João 4.

[6] 1 Coríntios 9:19–23.

[7] http://www1.cbn.com/churchandministry/advocacy-apologetics-finding-common-ground

 

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