Maio 11, 2017
Algumas pessoas são fortemente afetadas por suas emoções, o que não é ruim, a menos que sejam emoções negativas. Se existe a tendência de ficar bravo e estourar; dirigir acima do limite de velocidade porque está frutrado ou chateado, abusar da bebida quando se sente triste ou só, e outras atitudes desse tipo, é importante aprender a controlar suas emoções. Controlar o seu emocional não implica em não ter sentimentos ou deixar de se expressar.
Controlar suas emoções significa:
Não reagir exageradamente às circunstâncias.
Parar para colocar as coisas em perspectiva.
Permanecer firmemente no controle para que suas emoções colaborem para melhorar a sua vida, não estragá-la.
Fazer suas emoções trabalharem em seu favor, não contra você.—Burke Hedges, You, Inc.[1]
Reflita nesta história verídica.
Desde garoto, todos viam que este atleta foi abençoado com dons físicos especiais. Ele adorava esportes e tinha um desempenho excelente em tudo que tentava.
Aos nove anos de idade, seu pai lhe deu uma raquete de tênis de madeira, ligeiramente empenada. Ele se apaixonou pelo esporte na primeira vez que jogou! Em pouco tempo já dava surras nas crianças da sua idade em torneios ao redor do país.
Quando completou 12 anos derrotar os melhores jogadores adultos do seu país se tornou comum, e os tenistas profissionais suavam para vencê-lo em quadra. A previsão de todos é que ele seria um campeão mundial, isto é, se aprendesse a controlar seu temperamento.
Se algo dava errado, se ele perdia um lance ou o juiz gritava fora, ele fazia um escarcéu. Era tão genioso que começou a perder partidas que poderia ter vencido.
Um dia, seu pai foi assistir às finais de um grande torneio. E, como não podia deixar de ser, o rapaz começou a perder o controle, gritar, xingar e a jogar a raquete no chão. Depois desse comportamento inaceitável, o pai foi à quadra e anunciou à plateia: “Esta partida terminou. Meu filho não vai continuar.” E retirou o filho da quadra com um firme: “Venha comigo”.
Quando chegaram à casa, o pai guardou a raquete e disse: “Você vai ficar seis meses sem pegar esta raquete ou qualquer outra. Ponto final”.
Findos os seis meses, recebeu a raquete de volta e seu pai afirmou: “Se eu ouvir mais um palavrão, ou se você ficar com raiva e jogar essa raquete no chão, nunca mais vai jogar. Ou você controla o seu gênio ou eu vou controlá-lo para você.”
Extremamente feliz em voltar às quadras, o rapaz abraçou o tênis com mais paixão do que antes. Aos 16 anos ele venceu torneios profissionais por toda a Europa.
Seu desempenho melhorava a cada torneio, e a imprensa começou a chamá-lo de “Anjo sueco”! Entenda que, depois da suspensão imposta pelo pai, o rapaz aprendeu a controlar suas emoções mesmo nas situações mais estressantes.
Para ele não fazia diferença se era o primeiro ponto em uma partida fácil ou o último saque em uma final enervante. Ele conseguia controlar suas expressões e conduta. Esse jovem assumiu controle total sobre suas emoções.
Tornou-se o que muitos peritos consideram o melhor jogador do mundo. Conquistou 14 títulos importantes, inclusive seis French Open, o primeiro com apenas 18 anos de idade, e cinco títulos em Wimbledon. O antigo rapazinho temperamental que posteriormente ficou conhecido como o “Anjo sueco” era Bjorn Borg.
Borg admitiu que aprender a controlar suas emoções foi o ponto de virada não só na carreira como tenista, mas na sua vida.
Não importa se você tem 5 anos ou 55, controlar suas emoções implica em entender que você não pode sempre controlar as circunstâncias. Mas, como Bjorn Borg aprendeu, você PODE controlar a sua reação.—Burke Hedges, You, Inc. (adaptado)
Bjorn Borg aprendeu a controlar seu temperamento ainda na adolescência. Alcançou um sucesso fabuloso e desenvolveu um excelente caráter. Seu pai interveio e o ajudou a aprender essas lições. Em alguns casos, o nosso Pai celestial faz o mesmo para nos ensinar domínio próprio e autocontrole. Em algumas ocasiões, porém, ele talvez permita que continuemos na direção errada por decisão pessoal, até vermos onde a falta de domínio próprio nos leva — geralmente não onde tínhamos intenção de chegar. Se queremos aprender rápido, não devemos esperar até o Senhor intervir ou achar que Ele vai intervir. Às vezes, na verdade frequentemente, o Senhor permite que aprendamos da maneira difícil. Por isso é importante aprendermos a assumir responsabilidade por nossos atos e emoções.
Deixar nossas emoções correrem soltas terá consequências. Não pensar nos efeitos de nossas ações pode causar repercussões que afetarão nosso futuro. Infelizmente, muitas vezes as consequências são irremediáveis e as repercussões irreversíveis.
O mundo moderno oferece mais liberdade e escolhas, bem como mais tentações, distrações e liberalidade. Por isso é vital entendermos bem e respeitarmos o poder das nossas emoções, assumir responsabilidade por elas e mantê-las sob controle.
Nunca é tarde demais para aprender a controlar o seu gênio ou emoções. Existem muitas dicas práticas e úteis a respeito, mas a maneira mais efetiva para melhorar nesse aspecto é ter comunhão com o Senhor em oração, leitura da Palavra e entregar nossas vidas e emoções a Ele.
Outro aspecto do autocontrole está relacionado à disciplina. Por exemplo, você tem autocontrole para evitar uma atividade que considera legal ou “divertida” quando não é o certo a fazer? Ou resiste a fazer uma loucura, como, por exemplo, aceitar um desafio perigoso de um amigo? Você tem autocontrole suficiente para não beber demais e evitar fazer papel de bobo, ou, pior ainda, causar danos graves? Talvez a sua bebedeira venha a prejudicar o seu relacionamento com a pessoa que lhe é importante; ou talvez cause um acidente de carro, machuque alguém ou perca o emprego. Talvez você seja reprovado na escola ou faça as pessoas questionarem o seu caráter.
É inegável que assumir o controle da sua vida exige disciplina. Muita disciplina. Mas a disciplina não é algo fácil de ter ou manter. Exige força mental para superar paixões vazias e hábitos nocivos, além de força de vontade para resistir às muitas tentações que podem levar a caminhos sem sentido. Mais do que tudo, exige foco total naquilo que é mais importante.—Stephen Covey[2]
Pesquisadores notam vinte atividades que as pessoas se permitem quando jovens das quais provavelmente se arrependerão quando atingirem a meia idade. Por exemplo, fumar, postar fotos comprometedoras online; fazer mal uso do seu network social; tatuagens em locais visíveis, piercings e alargadores; gastar além do que pode e acumular dívidas; sexo sem proteção; abandonar os estudos, e estar ocupado demais ou desinteressado para passar tempo com as pessoas que ama.
Existe um grande leque de opiniões sobre o valor dessas ações, e alguns talvez não concordem que sejam atividades de risco ou a serem evitadas. A questão é que, um dia, você vai mudar o seu modo de ver as coisas, sua atitude e perspectiva de vida. Um dia vai olhar para trás e refletir no que está fazendo hoje, ou certos atos que não pode desfazer, e dizer: “Onde eu estava com a cabeça?!”
Líderes não deveriam se preocupar muito com erros ocasionais, mas devem estar vigilantes contra o que lhes causará constrangimento no futuro.—Jon Huntsman
Neste momento estamos tomando decisões que afetarão o resto de nossas vidas. Certamente queremos seguir um bom caminho. Por isso é importante sabermos o que o Senhor deseja e também aonde estamos indo e por que, para podermos cultivar os hábitos certos e as disciplinas adequadas para seguirmos esse caminho. O nosso futuro está em nossas mãos. As decisões diárias determinam o nosso futuro.
Deus concedeu-me este dia para usá-lo como desejar. Posso desperdiçá-lo ou fazer bom uso dele. Mas o que faço hoje é importante porque estou trocando um dia da minha vida por essa atividade! Quando o dia de amanhã chegar, o dia de hoje estará no passado — para sempre — e será substituído pela troca que fiz. Quero que seja lucro, não prejuízo; bom e não mal; sucesso e não fracasso; para não vir a sentir remorsos do preço que paguei por ele.—Atribuído a W. Heartsill Wilson
Roadmap foi uma série de vídeos produzida por AFI para jovens adultos. Publicado originalmente em 2010. Adaptado e republicado no Âncora em maio de 2017.
[1] Burke Hedges, You, Inc. (Tampa: INTI Pub, 1996).
[2] Stephen Covey, Everyday Greatness (Nashville: Rutledge Hill Press, 2006), 101.
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