Abril 10, 2017
Algo de valor tão inestimável como Jesus dar a Sua vida para pagar pelos nossos pecados exigiu uma força de espírito, profundidade de caráter e proximidade do Pai imensas para realizar essa missão colossal e a Sua meta principal.
Apesar disso, diante do que deveria fazer para a salvação da humanidade, Jesus pediu para, se fosse possível, o Pai passar dEle aquele cálice (Mat.26:39). O que era o cálice? A grande agonia e sofrimento pelo qual Ele tinha que passar. Devemos imaginar Seu cálice cheio das consequências dos pecados do mundo!—Tudo o que a justiça de Deus decretou era para todos os pecados já cometidos—passados, presentes e futuros. Parafraseando 2 Coríntios 5:21, “Deus pegou Cristo, que não conheceu pecado, e derramou nEle o preço dos nossos pecados. Para, em troca, Ele derramasse o puro dom da justiça de Deus em nós.” Ele que não tinha pecado levou o peso do castigo pelas transgressões do mundo inteiro, para poder nos libertar deles.
Por amor a nós, Ele que não conhecia pecado se fez pecado e maldição por nós, para que através de Sua morte pudesse destruir o poder do pecado sobre aqueles que O buscam.[1]
Por mais brilhante que seja o intelecto humano, jamais conseguiremos entender essas profundas verdades espirituais. Contudo, ilustrações físicas desses conceitos, embora insuficientes na melhor das hipóteses e “vistas em espelho de maneira obscura,” podem pelo menos nos ajudar a ter um entendimento parcial e muito limitado. Jesus tomar para Si os nossos pecados e o mal poderia ser assemelhado simbolicamente a uma doença terminal permeando o corpo e se infiltrando nas células. Ele ter Se tornado pecado por nós foi como ter tomado sobre Si a doença dos nossos pecados e a consequência resultante que é a morte.
A Bíblia diz que Jesus derramou Sua alma até à morte, e nos libertou através de Seu sangue[2]. O cálice agora simboliza a nova vida através de Seu sangue derramado por nós[3]. Pecado, morte, impiedade e tudo o que há de mal foi tragado em vitória.[4] Todo o mal da humanidade. Assim foi feito o acerto de todos os tempos, por todo o pecado. E o que Jesus pede de nós? As Escrituras dizem: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.[5]
Aquele que era a vida e a verdade, a Palavra que se fez carne, foi destruído, mas Seu espírito não podia ser destruído.[6] O que foi destruído para todos os que aceitam Jesus foi o poder do pecado e a morte, o espírito do mundo, e as forças espirituais que os prendia. Seu poder foi quebrado e conquistado por Cristo para qualquer que aceitar o Seu sacrifício e dádiva de amor. Essas forças de Satanás não têm mais nenhum poder ou autoridade sobre Seus filhos além do que Jesus permitir por um motivo: para nos ensinar e fortalecer, fazer com que nosso testemunho brilhe ainda mais, e nos aproximar mais dEle.
O que Jesus fez com a Sua morte e ressurreição para nos dar a salvação é algo tão misterioso que vai além da compreensão humana, de modo que não somos capazes de entender totalmente até sermos liberados do plano da carne e entrarmos na dimensão espiritual— e talvez nem isso. Mas cada vez que refletimos no que Jesus fez por cada um de nós—e por todos nós—isso renova a nossa reverência e admiração.
O que um amor assim sem limites significa em termos práticos para nós, cristãos? O que ele nos diz? O que significa para nós pessoalmente?
Escritores cristãos ao longo dos anos tentaram explicar a essência da Páscoa de várias maneiras:
Entender que estamos vivendo num mundo no qual Deus tem a última palavra.
A Páscoa representa tudo o que a nossa salvação significa[7].—E isto vale a pena celebrar! A Páscoa representa tudo o que já foi e sempre será possível nas nossas vidas com o poder da ressurreição. Ela representa:
Todas as impossibilidades acima tornaram-se possíveis—todo o potencial do universo foi liberado—quando a vitória de Cristo sobre a morte foi ganha.
A ressurreição e seus resultados valem à pena serem examinados repetidas vezes, pois nisto—um dos grandes momentos da história—continuamos a encontrar maravilhas da Páscoa.
Como a garotinha disse quando o pai lhe perguntou se ela sabia o significado da Páscoa. A menina de três anos jogou os braços para cima e gritou o mais alto que pode, “Surpresa!”. Sim, é verdade!—A morte foi surpreendida! O pecado foi surpreendido! Os discípulos que choravam a Sua morte foram surpreendidos! O homem moderno foi surpreendido! Jesus está vivo—e o mundo inteiro está cheio de Seus milagres de ressurreição!
Publicado originalmente em março de 2010. Adaptado e republicado em abril de 2017.
[1] 2 Coríntios 5:21; Hebreus 2:14; Gálatas 3:13; 1 Pedro 2:24.
[2] Isaias 53:12.
[3] 1 Coríntios 11:25.
[4] 1 Coríntios 15:54.
[5] Gálatas 2:20; Romanos 5:8–11, 6:6–11.
[6] Lucas 23:46; 1 Pedro 3:18.
[7] Romanos 8:1.
[8] Romanos 8:1.
[9] Hebreus 2:14–15.
[10] João 14:2–3.
[11] João 16:33.
[12] 1 Pedro 2:9; João 9:25.
[13] Apocalipse 5:9–10.
[14] Zacarias 3:2.
[15] Isaias 61:1, 3.
[16] Mateus 11:5.
[17] 1 João 2:17.
[18] Isaias 1:18.
[19] Romanos 8:2.
[20] João 1:17.
[21] 1 Coríntios 15:55.
[22] Apocalipse 21:4.
[23] Atos 16:31.
[24] Lucas 1:37.
[25] Marcos 16:17–18.
[26] João 10:10.
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