Nova Vida Revolucionária

Janeiro 29, 2015

David Brandt Berg

O que é esta nova vida? É uma dádiva recebida de Deus, resultado da transformação milagrosa que ocorre quando aceitamos a Sua verdade, no amor de Seu Filho Jesus, por intermédio do Espírito de Deus. Basta receber Jesus. A nossa nova vida é somente por graça, nunca por obras ou por lutar na carne contra nossos pecados. “Porque pela graça sois salvos mediante a , e isto não vem de vós, é um dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie”[1]. Se Deus não consegue, ninguém consegue!

É preciso crer na Palavra e aceitar que foi salvo estritamente pela Palavra. Essa é a única coisa que nos salva, nenhum elemento exterior. No batismo de água, por exemplo, o pregador não está realmente lavando os pecados da pessoa. A imersão na água serve para representar a transformação espiritual interior. Não podemos depositar a nossa fé na água em vez de em Jesus, que é a Palavra! Como disse João: No princípio era o Verbo e ... o Verbo se fez carne (Jesus) e a todos quantos O receberam (Jesus e a Palavra), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.[2]

Muitas vezes, essa nova vida revolucionária é uma surpresa para as pessoas que nos são queridas e com quem convivemos, e pode ser chamada de salvação ou conversão. Jesus Se referiu a essa experiência como “nascer de novo” pelo Seu Espírito[3], e Paulo disse ser um renascimento, no qual as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo[4].

A Salvação é para sempre, eterna! Durante alguns anos, ainda jovem na fé, vivi iludido pela enganosa doutrina da insegurança eterna, “salvo, não salvo, salvo de novo, perdeu a salvação”, e a religião de obras. Mas qual não foi a minha emoção quando um dia, ainda na adolescência, descobri a simples verdade que João 3:36 encerra. Vi que bastava crer, e pronto! “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna”. Agora mesmo! Incondicionalmente. Nada de “contanto que você seja um bom menino e vá à igreja todo domingo”. Você tem a vida eterna pelo Seu Filho, que é um dom de Deus e não pode perdê-la, porque Ele guardará você. Jesus disse: “E dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão”[5], e “o que vem a Mim de modo algum o lançarei fora”[6].

Visto que a sua nova vida não dependeu de obras, ela é tão garantida que você continuará salvo mesmo que cometa suicídio, como o rei Saul no Antigo Testamento. Não depende de você ser um sucesso ou não. Se a perdesse, então Deus teria falhado, porque a salvação é uma obra de Deus. — Pois Aquele que começou a boa obra em vós há de aperfeiçoá-la até à vinda de Cristo”[7]; porque somos feitura de Deus.

A controvérsia religiosa mais tempestuosa que o mundo já conheceu tem sido sempre entre as religiões do “salve-se-você-mesmo” e do tipo “só-Deus-pode-salvá-lo”. Na verdade, essa foi uma grande divergência entre os primeiros cristãos. Seria possível crer apenas e ser salvo, ou seria preciso também seguir a Lei para conseguir a salvação? “É claro que cremos que Jesus é o Messias”, diziam alguns, “mas ainda temos de ajudá-lO a nos salvar, cumprindo a velha Lei.” Paulo passou a maior parte dos seus anos combatendo essa mistura detestável de obras e graça em epístola após epístola. E resumiu bem o ponto de vista de Deus, quando disse: “Se a justiça vem da lei, então Cristo morreu em vão”[8]. Em outras palavras, se você pode ser salvo só por guardar a lei, por que Jesus teve de morrer? Portanto, ele disse: “Se é por graça então não é mais por obras, do contrário a graça (ou misericórdia) já não é graça” [9].

Você não tem a justiça de ninguém a não ser a de Cristo, e Ele é o único que pode dá-la a você. A sua própria justiça fede! São trapos imundos de menstruação.[10] E ponto final. Nada mais, nenhum outro caminho, nenhuma justiça sua, nenhuma de suas próprias boas obras, nada disso pode mantê-lo salvo, assim como não pode salvá-lo. Só Jesus pode fazê-lo. Ele não somente o salva, mas também faz as obras através de você, e é tudo Jesus. Nada do seu “eu” ou da sua própria justiça, só Jesus! Paulo disse que “Cristo é o fim da lei para a justiça, para todo aquele que crê”.[11]

Porém, a fé verdadeira motiva as obras. Não somos salvos pelas obras, mas se formos salvos, nos empenharemos com tudo para dividir isso com outros. Nossas recompensas no Céu dependem dos serviços prestados ao reino de Deus nesta vida. Quando Jesus disse: “Cuide-se para que ninguém roube a sua coroa,”[12] não estava Se referindo à salvação. A coroa é a recompensa dos vencedores, daqueles que correm e vencem a corrida das boas obras, não da salvação.

No caso de erros e falhas, devemos nos lembrar do caso do filho pródigo. Embora tenha perdido a primogenitura e herança, não perdeu o seu lugar como filho à mesa do pai. Da mesma forma, o Senhor não perde os Seus filhos.

Anseio pelo dia quando — e isso talvez seja chocante para algumas pessoas — todos, ou praticamente todos, serão salvos. Ou pelo menos não restarão muitos no inferno, se é que alguém. Este trabalho não estará terminado nem no Céu ou na Cidade Celestial, depois do Milênio (o reinado de mil anos de Cristo sobre a Terra). Ainda estaremos servindo a Deus e haverá coisas por terminar: a redenção total, reconciliação universal e restituição cósmica. Ainda haverá reis e nações que precisarão ser saradas. “No meio de sua praça... estava a árvore da vida... e as folhas da árvore são para a cura das nações”.[13]

Para ter a verdadeira nova vida revolucionária, basta receber Jesus, o Filho de Deus, como Salvador. Peça para Ele entrar em seu coração. Experimente! Você vai adorar! Deus o abençoe!

Publicado originalmente em junho 1974. Adaptado e republicado em janeiro 2015.


[1] Efésios 2:8–9.

[2] João 1:1, 14, 12.

[3] Ver João 3:1–9.

[4] Ver 2 Coríntios 5:17.

[5] João 10:28.

[6] João 6:37.

[7] Filipenses 1:6.

[8] Gálatas 2:21.

[9] Romanos 11:6.

[10] Ver Isaías 64:6.

[11] Romanos 10:4.

[12] Apocalipse 3:11.

[13] Apocalipse 22:2.

 

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