Outubro 2, 2014
Quanto a mim, feita a justiça, verei a tua face; quando despertar ficarei satisfeito ao ver a tua semelhança. — Salmo 17:15
Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é. — 1 João 3:2
O plano de Deus desde o início foi nos tornar como Seu Filho Jesus. Esse é o nosso destino. … Deus anunciou Sua intenção à Criação:
Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.”
Apenas os seres humanos são feitos “à imagem de Deus”, um grande privilégio que nos confere dignidade. Não entendemos o sentido completo dessa frase, mas, em parte, significa que somos seres espirituais. Nosso espírito é imortal e continuará depois que nosso corpo físico se for. Somos seres intelectuais. Podemos pensar, raciocinar e resolver problemas. Como Deus, somos relacionais. Podemos dar e receber amor. E temos consciência moral, somos capazes de discernir o certo do errado, o que nos torna imputáveis perante Deus.
A Bíblia diz que todas as pessoas, não apenas os crentes, são feitos à imagem de Deus. Mas a imagem ficou incompleta, danificada e distorcida pelo pecado. Por isso, Deus enviou Jesus em uma missão para restaurar a imagem total que perdemos.
Como será a “imagem e semelhança” de Deus? Como Jesus Cristo! A Bíblia diz que Jesus é “a expressão exata do seu ser”, “a imagem do Deus invisível” e “a expressão exata do seu ser”. — Rick Warren[1]
O primeiro capítulo, no primeiro livro da Bíblia diz: "Deus criou o homem à sua imagem. A imagem de Deus o criou"[2]. Em outras palavras, Deus nos fez muito parecidos com Ele em muitos aspectos, à Sua imagem e semelhança. Somos como Deus! Temos a honra de escolher, podemos fazer o bem ou o mal e parecemos com Deus no nosso entendimento, nas nossas emoções e na nossa personalidade.
O homem foi criado e posto aqui para escolher entre o bem e o mal, para fazer o que está certo ou o que está errado, para servir a Deus ou a si próprio. Dessa forma é possível conhecer os benefícios de servir a Deus: colher a alegria, a felicidade e a satisfação de seguir as amorosas regras de Deus para o seu próprio bem, adorá-lO e Lhe agradecer por tudo, como um filho agradecido do Pai celestial, que nEle crê, tem fé, confia nEle, na Sua Palavra e obedece a ela para o seu próprio benefício e para a glória de Deus.
Quando a pessoa escolhe se rebelar contra Deus e seguir seu próprio caminho, sofre as consequências da rebeldia às leis de Amor de Deus, o que resulta em miséria, sofrimento, desumanidade do homem para com seu semelhante, crueldade, atrocidades, guerras, males econômicos, angústia, e morte.
Deus está interessado nas nossas decisões. Importa‑Lhe ver que, se nos for concedida a grande honra de escolher, vamos fazer as escolhas acertadas. Claro que Ele fica triste quando escolhemos mal. Foi por isso que Ele nos pôs aqui e temos de aprender a tomar as decisões certas. Por isso, Ele nos deu a oportunidade de fazer como bem entendemos, com o livre arbítrio, para Ele ver nossas escolhas. — David Brandt Berg
Estamos sendo moldados à imagem dEle. Graças a Deus, mesmo que às vezes seja doloroso, Deus sempre estraçalha as imagens que criamos de nós mesmos e dEle. A Encarnação é o maior exemplo. Ele não foi o Messias que aqueles que o esperavam imaginavam que Ele deveria ter sido. Tampouco é o Messias que esperávamos. Não é, absolutamente, o que imaginávamos que ele nos pediria. No entanto, Aquele que chorou a morte de Lázaro ao lado da sepultura e suou sangue no Getsêmani, pede para refletirmos em tudo isso. Ao vir como um bebê, Jesus nos ensina um significado do que é um ser humano maior que conseguimos entender. A Sua vinda como Deus silencia nossos questionamentos em relação a Deus, — com um rosto, uma mão e uma Cruz. Não podemos nos moldar na forma de ícones eternos, assim como não é possível criarmos, a partir de um punhado de barro, um deus que fala. Mas podemos ser moldados à imagem do Deus que vive quando somos moldados pelas mãos do Deus que enviou Jesus. — Jill Carattini
Possuímos os atributos de pessoas por sermos feitos à imagem de Deus. O que difere os seres humanos das demais criaturas na Terra é que fomos criados à Sua imagem e elas não. Como William Lane Craig explica: O homem é uma pessoa porque Deus é pessoal, e isso nos permite nos identificarmos com Deus.[3] O fato de Deus ser pessoal e possuir os atributos de pessoa não significa que seja humano, mas que nós, humanos, partilhamos dos atributos da pessoa de Deus.
Deus interage pessoalmente com a humanidade, como pode ser visto em toda a Bíblia. Ele Se relaciona com as pessoas. Fez acordos ou parcerias com elas — as chamadas “alianças”. Em toda a Bíblia vemos que Deus fala com as pessoas. São ações pessoais.
Em todo o Antigo Testamento fica claro que Deus estava pessoal e ativamente envolvido com Seu povo.[4] O Livro de Gênesis mostra Deus interagindo de forma pessoal com Suas criaturas em muitas situações, tais como na criação do mundo, em Suas ações e conversas com Adão e Eva, nos acordos pessoais que fez com Noé, Abraão, Isaque e Jacó. Ele continuou Se manifestando em Seus entendimentos pessoais com Moisés e com os filhos de Israel.
A Palavra de Deus atribui emoções a Deus: amor, ódio, ira, arrependimento, tristeza, compaixão, indignação, repugnância, paciência, longanimidade, alegria e outros sentimentos. Essas emoções são atributos da pessoa.[5]
Quando Moisés perguntou, Deus falou Seu nome: — Javé, EU SOU. Ter um nome e comunicá-lo a outrem é um ato pessoal. Ele também possui títulos que O caracterizam como pessoa, tais como: Pai, Juiz, Pastor ou Marido.[6]
Nada mostrou que Deus é pessoal tão claramente quanto Ele Se revelar em Jesus. Jesus era Deus em forma humana e pessoal em todas as formas e em todos os Seus atos, a ponto de, pessoalmente, morrer para que pudéssemos receber a salvação.
Os nosso Deus não é um ser distante e desinteressado. Ele é um Deus pessoal, que tem um relacionamento com Sua criação. Manifestou-Se a nós pela Sua Palavra. Revelou parte de Sua essência. Tem interesse pessoal em nós e, pela salvação, criou uma forma para vivermos com Ele para sempre. Ao acreditarmos em Jesus, Deus Filho, tornamo-nos filhos de Deus, o que nos permite tocá-lO pessoalmente, nos comunicarmos com Ele, ouvir Sua voz e com Ele compartilharmos nossos corações. Ele comunga conosco, vive conosco e nos ama. Comungamos com Ele, vivemos com Ele e O amamos. Temos um relacionamento pessoal com o Deus Pessoal. E isso é incrivelmente maravilhoso! — Peter Amsterdam
[1] The Purpose Driven Life (Grand Rapids: Zondervan, 2002).
[2] Gênesis 1:27.
[3] William Lane Craig, The Doctrine of God, Part 4. “Defenders” Lecture Series.
[4] Ver Salmos 78, 105, 106, 136.
[5] The Oberlin Evangelist. 9 de outubro de 1839. Professor Finney’s Lectures. Lecture XVIII, Affections and Emotions of God.
[6] Pai: Eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso. (2 Coríntios 6:18). Juiz: O Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso rei; é ele quem nos salva (Isaías 33:22). Pastor: O Senhor é o meu pastor; nada me faltará (Salmo 23:1). Marido: O teu Criador é o teu marido — o Senhor dos Exércitos é o seu nome — o Santo de Israel é o teu Redentor; ele será chamado o Deus de toda a terra (Isaías 54:5).
Copyright © 2024 The Family International